E quem ganha entre R$ mil 5 e R$ 50 mil? Como será o IR?
O pacote fiscal anunciado pelo governo federal na noite de quarta-feira (27) trouxe mudanças importantes no Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas.
As novas regras, que entrarão em vigor em janeiro de 2026, preveem que quem tem renda mensal de até R$ 5 mil será isento do IR.
Por outro lado, aqueles com rendimento a partir de R$ 50 mil por mês ficarão sujeitos a um aumento de alíquota.
E o que acontecerá com aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 50 mil, por exemplo?
Para explicar a mudança, a Inteligência Financeira preparou uma tabela. Ela tem como base explicações do autoridades do ministério e advogados tributaristas.
Faixa salarial mensal | Como é | Como fica a partir de 2026 |
Até R$ 2.824,00 | Isento | Segue isento |
R$ 3.000,00 | R$ 13,20 | Isento |
R$ 4.000,00 | R$ 133,84 | Isento |
R$ 5.000,00 | R$ 335,15 | Isento |
R$ 7.500,00 | R$ 1.011,17 | Tabela progressiva, mas com desconto sobre valor atual |
R$ 10.000,00 | R$ 1.698,67 | Sem mudança |
R$ 20.000,00 | R$ 4.448,67 | Sem mudança |
R$ 30.000,00 | R$ 7.198,67 | Sem mudança |
R$ 40.000,00 | R$ 9.948,67 | Sem mudança |
R$ 50.000,00 | R$ 12.698,67 | Sem mudança |
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, haverá escalonamento para aqueles com renda mensal entre R$ 5.001 e R$ 7.500.
“Isso é para que não haja uma diferença abrupta, para que quem ganha acima de R$ 5 mil não pague muito mais imposto de renda”, disse ele a jornalistas nesta quinta-feira (28).
Novas regras de Imposto de Renda para renda acima de R$ 50 mil
A regra para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano) também passará por mudanças, anunciou o secretário.
Mas elas só alcançarão aqueles que não pagam Imposto de Renda ou pagam muito pouco atualmente.
Essa medida, segundo advogados tributaristas, deve atingir principalmente micro e pequenos empreendedores.
Nesses casos, o contribuinte que já tiver pago em IR um valor igual ou superior à alíquota mínima para esse grupo não terá recolhimento adicional.
Para os demais, o governo criou alíquota progressiva, partindo de zero, para aqueles que ganham R$ 600 mil anuais.
A alíquota vai subindo até chegar a 10% para quem tem renda a partir de R$ 1 milhão por ano.
Começa crescente, de zero, a partir de quem ganha R$ 600 mil anuais, e vai chegar em 10% para quem ganha R$ 1 milhão no ano.
“Se não pagou, vai ter que inteirar, até atingir a alíquota, incluindo todas as rendas”, afirmou Durigan.
Isso significa que, para esse grupo, o critério de renda mensal inclui não apenas remuneração do trabalho, mas todos os rendimentos, incluindo dividendos, JCP, aluguéis, etc.