Dono de corretora de bitcoin zomba de banco após banner cobrir fachada da instituição: “dinossauros”
Em mais um episódio histórico na disputa entre bancos tradicionais e corretoras de bitcoin no mundo, o dono de uma exchange famosa acabou zombando da instituição financeira, que cobriu com um banner em toda a fachada.
O caso, ocorrido em Los Angeles (EUA), acabou divulgado pelo bilionário das criptomoedas, Tyler Winklevoss, que ao lado de seu irmão gêmeo Cameron, se tornaram famosos por serem os cocriadores do Facebook, atual Meta.
Assim, os gêmeos se tornaram bilionários com bitcoin, e hoje são os donos da corretora Gemini. Regulada nos Estados Unidos e com uma grande operação, esta acabou colocando um banner cobrindo toda a fachada do City National Bank.
Considerado um dos 30 maiores bancos dos EUA, a instituição acabou sendo chamada de “dinossauro” por Tyler, que pediu ainda que os interessados em ver a obra devem correr ao local para tirar fotos, visto que o banco já estaria lutando para remover a publicidade indesejada de sua fachada.
“O City National Bank — um banco que me desbancarizou, Cameron, e Winklevoss Capital — está chateado com o outdoor da Gemini que está cobrindo seu escritório. Esses dinossauros não nos deixam estender nosso anúncio lá, então agora é sua última chance de tirar uma selfie com ele. Nos avise se ele ainda estiver lá!”
City National Bank — a bank that debanked me, @cameron, and @winklevosscap — is upset with the @Gemini billboard that is covering their office. These dinosaurs 🦖won’t let us extend our ad there 😂 so now is your last chance to take a selfie with it. Let us know if it’s still… pic.twitter.com/kjpRrH3Uho
— Tyler Winklevoss (@tyler) December 17, 2024
Corretora de bitcoin cobrindo fachada de banco com publicidade não é a primeira história de provocação pública por defensores do mercado cripto
Na tensa história dos bancos contra corretoras de bitcoin no mundo todo, vários investidores deste mercado perderam suas contas bancárias, por mero “desinteresse comercial” das instituições.
No Brasil, por exemplo, um processo movido por corretoras chegou até o Cade, que apurou uma possível concorrência desleal, mas depois arquivou o caso, dando razão aos bancos.
Após isso, várias instituições tradicionais começaram a listar criptomoedas em seus aplicativos, mesmo banindo contas de clientes que negociavam com outras corretoras.
Vale o destaque que dados recentes da chamada “Operação Chokepoint 2.0“ revelaram que o Governo dos EUA proibiu bancos de atenderem corretoras de criptomoedas. A revelação causou uma onda de revolta por investidores do mercado, que se sentiram discriminados à toa.
A ex-secretária do Tesouro, Janet Yellen, também foi uma das autoridades que já tiveram sua imagem associada a uma “pegadinha” da comunidade de bitcoin. Isso porque, em julho de 2017, quando dava um testemunho no Congresso dos EUA, ela teve um rapaz em suas costas exibindo o lendário cartaz com a frase “Compre Bitcoin“.
Ou seja, a nova provocação da Gemini é um dos pontos que mostram que a comunidade de criptomoedas segue interessada na inovação financeira, com as instituições tradicionais cada vez mais sob apuros.