Dólar termina semana acima de R$ 6 com efeitos limitados de intervenção do BC no câmbio
Em um novo pregão marcado pela volatilidade, o câmbio doméstico até esboçou alguma valorização nos momentos iniciais da sessão desta sexta-feira (13), mas a piora na percepção de risco voltou a incomodar os ativos domésticos, o que incluiu o real. O dólar voltou a subir e, assim, se manteve acima do nível psicologicamente importante de R$ 6, mesmo após um leilão extraordinário efetuado pelo Banco Central, com a venda de US$ 845 milhões no mercado à vista. O câmbio terminou próximo do zero a zero no acumulado da semana, mas continuou sob pressão e próximo das mínimas históricas.
No fim da sessão no mercado à vista, o dólar era negociado a R$ 6,0347, em alta de 0,43%, após ter subido a R$ 6,0770 na máxima do dia. Na mínima, registrada nos momentos iniciais do pregão, o dólar chegou a cair a R$ 5,9725.
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O alívio visto no mercado de câmbio nas sessões de terça (10) e de quarta-feira (11), assim, foi quase totalmente apagado, apesar de uma postura bem mais dura adotada pelo Banco Central na sua decisão de política monetária nesta semana. O dólar comercial acumulou queda de 0,60% na semana.
A piora na percepção de risco, ao mesmo tempo em que o mercado continuou a monitorar a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), limitou a valorização do real, o que impediu o dólar de operar abaixo da marca de R$ 6 de forma sustentada, mesmo com uma elevação expressiva já contratada na Selic e uma intervenção no mercado à vista.
*Com informações do Valor Econômico