Bolsa e dólar

Dólar nas alturas: moeda americana bate R$ 5,76 e fecha no maior patamar em mais de três anos; o que levou à alta de quase 1% hoje?

A terça-feira (29) foi movimentada no mercado de câmbio. Além de indicadores econômicos nos Estados Unidos, o dólar refletiu a queda das commodities e a expectativa de anúncios do governo brasileiro sobre medidas fiscais. 

Com isso, a moeda norte-americana encerrou o dia com alta de 0,92%, a R$ 5,7616 — o maior nível desde março de 2021, quando fechou a R$ 5,7613. 

Já o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, foi na contramão, fechando a sessão em queda de 0,37%, aos 130.730 pontos.

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No cenário doméstico, a atenção dos investidores se voltou à indicação de que o governo Lula anunciará em breve os prometidos cortes de gastos e outras medidas fiscais.

No período da tarde desta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que voltará a se reunir amanhã (30) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas acrescentou não haver data definida para que o pacote de ajuste seja anunciado. 

Haddad disse ainda que a equipe econômica está fazendo as contas para apresentar um pacote de medidas ajustado ao presidente. “Ele Lula está pedindo informações e nós estamos fornecendo as informações que ele está pedindo”, disse Haddad aos jornalistas. 

Questionado sobre a estimativa de corte de despesas em torno de R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões, o ministro disse não saber  da estimativa. “Eu nunca divulguei o número para vocês. Eu não divulgo o número. Porque o número sai depois da decisão tomada”, afirmou.

Enquanto aguarda a definição do governo sobre cortes de gastos, tanto o dólar como a curva de juros doméstica se mantiveram em alta, refletindo também ambiente externo um pouco mais crispado. 

Além disso, a expectativa de que Donald Trump saia vitorioso da eleição presidencial da próxima terça-feira (5) também mexe com o câmbio. 

A volta do republicano à Casa Branca pode acabar reduzindo o ritmo de redução de juros nos EUA, frente à possibilidade de mais déficit e inflação na maior economia do mundo.

Lá fora, o mercado repercutiu os indicadores econômicos norte-americanos, com o apetite ao risco pressionando o dólar. 

As vagas de emprego em aberto caíram para o nível mais baixo em mais de três anos e meio em setembro. Já os dados do mês anterior foram revisados para baixo, apontando para uma redução considerável nas condições do mercado de trabalho.

O relatório Jolts, divulgado pelo Departamento do Trabalho norte-americano, mostrou que as vagas de emprego em aberto estavam em 7,44 milhões em setembro, abaixo da estimativa de 8 milhões em uma pesquisa da Reuters com economistas.

*Com informações do Estadão Conteúdo e Money Times

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