Dólar à vista dispara com exterior e ajuste fiscal no radar
O dólar à vista exibe forte apreciação contra o real no começo das negociações desta sexta-feira. Em dia de divulgação do IPCA de outubro acima das expectativas, o combo eleição de Donald Trump e incertezas sobre a recuperação da China pesa para moedas de mercados emergentes nesta manhã, segundo avaliação de operadores de câmbio. O Congresso Nacional do Povo da China (NPC, na sigla em inglês) terminou hoje com uma extensão de ajuda a governos locais, medida que pode não alterar em muito a desaceleração da economia chinesa, na avaliação de economistas. O que pode atenuar ou exacerbar essa dinâmica são fatores locais, com os agentes aguardando a divulgação das medidas de cortes de gastos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Perto das 9h55, o dólar comercial era negociado em alta de 1,31%, cotado a R$ 5,7495. O real tinha o terceiro pior desempenho da sessão, da relação das 33 moedas mais líquidas, à frente apenas do rand sul-africano e do won sul-coreano. Peso mexicano, florim húngaro e dólar australiano também lisavam entre as piores da manhã – moedas de mercados emergentes ou ligadas ao preços de commodities. Enquanto isso, o índice DXY seguia mais contido, avançando 0,05%, aos 104,556 pontos.
*Com informações do Valor Econômico