Dividendo extraordinário da Petrobras: Analistas trazem estimativa
Enquanto o mercado financeiro leu os dados da prévia operacional como neutros, bancos de investimento fazem uma espécie de bolão sobre quanto a Petrobras (PETR3; PETR4) deve pagar em dividendos ordinários e extraordinários ainda em 2024. O anúncio dos proventos deve ocorrer em paralelo ao resultado financeiro da petroleira no terceiro trimestre.
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O Itaú BBA prevê uma distribuição de US$ 2,5 bilhões em dividendos comuns e US$ 2,6 bilhões em extraordinários. Já o Santander tem a estimativa de que a Petrobras vai anunciar o pagamento de US$ 4,5 bilhões em proventos fora do calendário. E a distribuição será ainda em 2024.
Itaú BBA e Santander tem estimativas diferentes porque projetam cenários distintos sobre os dividendos da Petrobras para os próximos meses. Principalmente sobre o aumento de posição de caixa.
De acordo com o banco de investimentos do Itaú, a estimativa que leva aos US$ 2,6 bilhões em dividendos extraordinários considera um preço de barril de petróleo Brent estável a US$ 77 em 2025.
Além disso, a equipe de analistas coordenada por Monique Greco diz que a atual projeção considera também o limite de endividamento bruto da Petrobras, de US$ 65 bilhões. Sobretudo, a otimização de caixa de R$ 8 bilhões.
“Nosso cenário base para a Petrobras é a distribuição de um dividendo extraordinário de US$ 2,6 bilhões”, dizem analistas do Itaú BBA.
Isso levaria a um dividend yield de 6,10% sobre as ações da Petrobras (PETR4).
O Santander, por outro lado, estima um dividendo extraordinário de US$ 4,5 bilhões da Petrobras.
Para chegar ao número, analistas do Santander consideram o aumento da atual posição de caixa da Petrobras de US$ 8 bilhões para US$ 14,5 bilhões.
O banco explica que a estatal deve registrar Ebitda (lucro antes de Juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) estável em US$ 11 bilhões. O montante deve gerar dividendos ordinários de US$ 2,4 bilhões, além da distribuição extraordinária.
Ao mesmo tempo em que a estatal deve confirmar uma estabilidade no volume de produção e exploração de petróleo. Com a queda da commodity prejudicando margens. A Petrobras também deve crescer no setor de produção de gás.
“Preferimos a ação da Petrobras no segmento de óleo e gás no Brasil, pensando nos dividendos extraordinários e possível reação positiva com a divulgação do plano estratégico (de 2025)”, concluem os analistas do Santander.