Dezembro inicia com resiliência na economia
Dezembro começa com um panorama macroeconômico marcado por dados alinhados às expectativas nos Estados Unidos, China e Europa. Nos EUA, o relatório JOLTs, que avalia o número de empregos, vagas disponíveis e demissões na economia americana, registrou um aumento de aproximadamente 372 mil vagas geradas, sugerindo uma recuperação no mercado de trabalho.
Esse cenário, em tese, reduz a probabilidade de cortes imediatos nas taxas de juros pelo Federal Reserve. Entretanto, com a inflação aparentemente sob controle, a possibilidade de continuidade do afrouxamento monetário permanece, seja por meio de cortes mais espaçados na taxa de juros ou pela recompra de títulos pelo Tesouro americano, medidas que visam aumentar a liquidez, fortalecer a economia doméstica e sustentar a valorização do dólar no cenário global.
Ao longo da semana, o dólar perdeu força, testando o suporte mensal e sinalizando diferentes cenários para o curto prazo. Caso o índice ultrapasse 108 pontos, pode iniciar uma valorização com alvos de 110 e 118 nos próximos seis meses, pressionando negativamente ativos de risco como ações e criptomoedas.
Se permanecer entre 106 e 108 pontos até janeiro, o mercado deve enfrentar um cenário de lateralização e cautela. Já uma perda do suporte atual pode levar o índice a recuar para 105 ou 101 pontos no próximo trimestre, favorecendo ativos de risco como o S&P 500 e o Bitcoin.
Já o S&P mantém sua trajetória de alta, alcançando uma nova máxima histórica ao operar acima dos 6.000 pontos. Devido a sua robustez atual, o índice tem como principal alvo os 6.484, projetados para serem atingidos até meados de janeiro.
Além disso, o calendário da semana traz diversos pontos de destaque que merecem atenção, pois têm o potencial de influenciar significativamente o mercado, como:
- Sexta-feira (6/12): Dados relevantes como Folha de Pagamento Não-Agrícola e Taxa de desocupação em novembro, que podem continuar influenciando o mercado
- Sábado (7/12): Balança Comercial chinesa (NOV);
- Domingo (8/12): Taxa de inflação chinesa (NOV).
No mercado cripto
O Bitcoin começou a semana testando US$ 90 mil em uma semana de euforia e cautela, enquanto sua dominância caiu para níveis críticos, semelhantes aos registrados quando o ativo estava abaixo de US$ 80 mil.
Apesar dos desafios, o mercado mostra resiliência, com fluxos superavitários em ETFs, aumento no volume de stablecoins em exchanges e crescimento no poder computacional da rede.
No entanto, na quinta-feira quebrou a barreira dos US$ 102 mil. As análises indicam o suporte semanal em US$ 84.182 como essencial para manter a trajetória positiva, com alvos em US$ 107 mil e US$ 121,2 mil ainda em dezembro.