Economia

Corte de gastos chegou aí? Lula vai ter que esperar para comprar outro avião presidencial

Sabe quando você está precisando economizar e, justo neste momento, seu chuveiro resolve estragar, acaba o azeite em casa e surge uma promoção na sua loja favorita? É mais ou menos isso o que está acontecendo com o presidente Lula. Nas devidas proporções, claro. 

Em meio a uma discussão bem pertinente de corte de gastos – e alta expectativa por parte do mercado –, o novo avião presidencial vai ter que ficar na lista de espera das demandas do orçamento federal. 

Depois que o Airbus A319 CJ deu problemas técnicos em uma viagem de volta do México, com o presidente a bordo, foi ligado o sinal de alerta: hora de trocar o “Aerolula”. 

Acontece que uma nova aeronave desse porte custa em torno de US$ 250 milhões (R$ 1,4 bilhão) a US$ 350 milhões (R$ 2 bilhões). Não é exatamente amigável para o orçamento em um período de ajuste de contas públicas. 

Diante disso, o governo está estudando a possibilidade de reformar um Airbus A330-200 já existente na frota. No entanto, essas reformas também teriam custo elevado. 

A Força Aérea Brasileira (FAB) reforçou que o avião presidencial atual ainda está em funcionamento e permanece no Brasil “à disposição para cumprir missões que atendem à Presidência da República”. 

De acordo com a FAB, uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) esteve no México para extração e análise dos dados do voo em que se encontravam Lula, Janja e comitiva.

Como é o Aerolula atual?

Comprado em 2005, ainda no primeiro mandato do petista, o Aerolula custou US$ 56,7 milhões (US$ 91,7 milhões em valores atualizados, ou R$ 531,8 milhões). 

Na cabine presidencial, há um escritório, uma suíte, uma sala de reuniões e uma área para a segurança. O avião comporta até 40 passageiros e foi equipado com recursos eletrônicos de defesa, como a possibilidade de impedir o rastreamento ou a escuta de suas comunicações e de emitir sinais destinados a confundir eventuais agressores.

A autonomia de voo é de 11 mil quilômetros. Quando os trajetos são mais longos, como é o caso de viagens para a Europa ou para a Ásia, é preciso fazer paradas para abastecimento. 

Em um novo avião presidencial, o Palácio do Planalto deseja mais autonomia, além de internet de alta velocidade e uma sala mais espaçosa para reuniões reservadas.

Segundo informações do Estadão Conteúdo, o presidente ainda não desistiu da ideia de comprar uma nova aeronave, que, na visão dele, é considerada um investimento, não um gasto. 

* Com informações do Estadão Conteúdo.

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