O Copom (Comitê de Política Econômica do Banco Central) anunciou nesta quarta-feira (11) alta de 1 ponto percentual da Selic. Dessa maneira, a taxa básica de juros passa de 11,25% para 12,25%. Não era a aposta majoritária do mercado, mas não é necessariamente uma surpresa.
Trata-se da maior alta desde a reunião de março de 2022. Na época, a taxa básica saltou de 11,75% para 12,75%.
Assim, os juros básicos da economia sobem pela terceira vez seguida. Anteriormente, o Copom havia reajustado em 0,25 (para 10,75% em setembro) e +0,75 (para 11,25% em novembro).
A reunião do Copom encerrada nesta quarta-feira é a última da presidência de Roberto Campos Neto. O economista entrega o cargo após seis anos de mandato, tendo sido o primeiro presidente de um BC independente.
Veja aqui como foram os seis anos de mandato de Campos Neto.
Projeções para 2025
O ano começou com o mercado prevendo que a esta altura o ciclo de juros seria de queda. A discussão, à época, era se a Selic terminaria o ano em apenas um dígito.
Mas tudo mudou no meio do caminho.
A inflação e as questões fiscais alteraram a trajetória dos juros, que passaram a subir no segundo semestre.
Assim, para 2025 a projeção do mercado é que os juros cheguem a 13,50%. É uma alta de quase 1 ponto percentual com relação à projeção imediatamente anterior.
Em 2026, os juros devem cair a 11%. Essas expectativas estão no Boletim Focus do dia 9 de dezembro, divulgado pelo Banco Central.
Selic acima de 15%?
O Itaú BBA projeta que os juros básicos da economia alcancem 15% em 2025. Isso antes do Copom começar um novo ciclo de queda. Inflação e cenário fiscal seguirão pressionando a taxa Selic no ano que vem, segundo o banco de investimento.
Nesse sentido, o BBA prevê que os investimentos em prefixado ainda podem ser uma boa opção. Além disso, são recomendadas opções na renda fixa atreladas ao IPCA. Dado o fato de que as projeções da inflação são de alta em 2025. Saiba mais sobre o que esperar dos ativos de renda fixa para 2025 com a atualização do cenário de juros.
