Consórcio com foco em bens de luxo ganha mercado
Foi-se o tempo que falar sobre consórcio era para quem não tinha dinheiro ou disciplina para economizar. De fato, a compra programada facilita muito a vida de quem planeja adquirir um bem mais caro e quer fugir do financiamento bancário. Mas um outro perfil de consumidor tem buscado o consórcio com foco em bens de luxo, não por falta de recursos mas pelo custo de oportunidade de ficar sem liquidez ou resgatar aplicações rentáveis.
Como observa Caio Souza, head de Consórcios da XP, esse é justamente o caso das pessoas que têm uma boa renda e sabem trabalhar com o dinheiro na linha do tempo.
“Resgatar aplicações e comprar à vista, ou fazer um consórcio e ganhar no giro, já que o dinheiro está rendendo? Essa é uma dúvida muito comum entre pessoas que desejam comprar um imóvel para investir ou mesmo bens de luxo, como carros e aeronaves, por exemplo”, diz o gestor.
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Logicamente, é preciso avaliar cada contexto e oportunidade para saber o que vale mais a pena. O fato é que, cada vez mais, o consórcio deixa de ser somente a simples poupança forçada do passado para se tornar uma ferramenta eficiente de gestão patrimonial – inclusive no segmento de alta renda.
Dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC) comprovam a crescente demanda por essa forma de autofinanciamento. Segundo a entidade, em outubro de 2024 havia cerca de 11,1 milhões de consorciados nos grupos em andamento em todo o Brasil, um aumento de 10% comparado a um ano atrás.
Consórcio de bens de luxo: estratégia para aquisição de patrimônio
Com a Selic mais alta, o consórcio tem se tornado atrativo para todos os perfis, inclusive para o cliente de alta renda, que pode utilizar o produto como instrumento de alavancagem patrimonial. Dessa forma, consegue-se adquirir patrimônio sem desinvestimento, ou seja, sem mexer em ativos líquidos e rentáveis, como aponta Caio Souza.
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“Com uma consultoria eficiente, pode-se construir uma boa estratégia de contemplação e fazer com que o consórcio seja uma operação mais barata do que as vias de crédito convencionais ou mesmo que a aquisição à vista”, diz o head da XP.
Quais bens podem ser adquiridos neste nicho?
No mercado, existem três tipos principais de consórcios – de automóveis, de imóveis e de serviços. No entanto, há subclassificações dentro das categorias, o que torna a modalidade bastante flexível e capaz de atender a diversas demandas.
“Você pode utilizar o consórcio para os mais variados fins. A modalidade é viável para a aquisição de imóveis urbanos, rurais, reformas, aviões, embarcações, maquinários, celulares, equipamentos eletrônicos, bem como para procedimentos como cirurgias estéticas e tratamentos ortodônticos, por exemplo”, explica Souza.
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Consórcio é uma alternativa de diversificação patrimonial
Não é à toa que quem procura imóvel para investir e diversificar o patrimônio tem olhado mais de perto o segmento de alto padrão.
Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) mostram que a média do metro quadrado da categoria ficou entre R$ 13 mil e R$ 28 mil nas 10 maiores cidades brasileiras no primeiro semestre deste ano. E, com o setor aquecido e terrenos escassos em algumas regiões, os imóveis de luxo tendem a continuar atraindo investidores, segundo Luiz França, presidente da entidade.
Nesse contexto, o consórcio pode ser o meio de planejamento financeiro que permite a aquisição do imóvel.
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“Em muitos casos, pode haver um ganho financeiro considerável se compararmos o valor efetivo do consórcio e o retorno com aluguel e valorização do imóvel. E há também aquele cliente que tem um ativo financeiro com rentabilidade maior do que o custo real da operação”, analisa Souza.
A importância de uma consultoria na hora de tomar a decisão
Independentemente do público a que o consórcio se destina, uma consultoria bem feita é fundamental para que o produto atinja o seu objetivo, seja ele o simples planejamento de uma compra ou uma estratégia de diversificação mais sofisticada.
“Aqui na XP, não associamos o consórcio ao discurso antiquado de ‘realização de sonhos’ ou ‘poupança forçada’. Em vez disso, recomendamos que seja utilizado com objetivos bem claros e definidos, e com vistas ao médio ou longo prazo. Dessa forma, ele pode ser um excelente meio de planejamento financeiro”, diz Souza.
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