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Conselho da Braskem (BRKM5) aprova eleição de Roberto Prisco Ramos para a presidência. Saiba quando o novo CEO assumirá o cargo

A Braskem (BRKM5) tem oficialmente um novo CEO para chamar de seu. O conselho de administração da petroquímica aprovou na noite da última segunda-feira (25) a eleição de Roberto Prisco Paraiso Ramos para a presidência.

O executivo foi indicado como substituto de Roberto Bischoff ao cargo de diretor presidente pela Novonor (ex-Odebrecht), acionista controladora da Braskem, no início deste mês.

O mandato do novo CEO terá início em 1º de dezembro e deve se estender por cerca de três anos, até a reunião do conselho programada para acontecer depois da assembleia geral ordinária (AGO) de 2027. 

Com a eleição do executivo, o corpo de diretoria da Braskem passa a ser composto por:

  • Diretor presidente (CEO): Roberto Prisco Paraiso Ramos
  • Diretor financeiro e de relações com investidores (CFO e DRI): Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas 
  • Diretores: Edison Terra Filho, Marcelo de Oliveira Cerqueira, Marcelo Arantes de Carvalho e Carlos José do Nascimento Travassos.

Quem é o novo CEO da Braskem

Formado em engenharia mecânica e com especialização em gestão de negócios pela Harvard Business School, Roberto Prisco Ramos não é estranho à Braskem.

De 2002 a 2010, o executivo atuou como vice-presidente da petroquímica e liderou projetos como a implantação do Projeto Etileno XXI no México.

O novo CEO também teve passagem como diretor presidente em outra empresa então controlada pela Novonor. 

Ramos liderou a Ocyan, uma companhia do setor de óleo e gás, por cinco anos e concluiu o processo de desinvestimento da Novonor no negócio.

As finanças da Braskem (BRKM5) e da Novonor

A mudança de CEO ocorre em meio à luta da Novonor para se desfazer da participação na Braskem a fim de quitar dívidas da ordem de R$ 15 bilhões com credores. Hoje, a empresa detém 50,1% das ações da petroquímica.

Vários nomes sinalizaram interesse na fatia, mas quem chegou mais perto de se tornar sócio foi o grupo árabe Adnoc, que avaliou a participação em R$ 10,5 bilhões — mas desistiu do negócio em maio deste ano.

É importante destacar que a Braskem (BRKM5) encontra-se em um momento de forte pressão para as finanças, com derrocada de 29% das ações na B3 desde janeiro, prejuízos trimestrais e dívidas elevadas.

E por falar em pressão, a petroquímica continuou no vermelho no terceiro trimestre, apesar de ter conseguido reduzir — em muito — as perdas. 

O prejuízo líquido chegou a R$ 593 milhões entre julho e setembro, uma melhora de 75% frente à cifra negativa registrada em igual intervalo do ano passado. Segundo a empresa, a cifra foi impactada principalmente pelo efeito de R$ 1,2 bilhão de variação cambial negativa no resultado financeiro.

Por sua vez, a receita líquida de vendas cresceu 28% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, a R$ 21,2 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente, indicador usado para mensurar a capacidade de geração de caixa operacional, subiu 160% no comparativo anual, a R$ 2,39 bilhões. 

O desempenho foi ajudado pela melhora dos spreads — diferença entre o preço da matéria-prima e o preço dos produtos derivados — dos petroquímicos.

Apesar de continuar em patamar elevado devido ao aumento do endividamento, a alavancagem da Braskem teve forte queda tanto em base anual quanto trimestral.

O indicador encerrou o terceiro trimestre em 5,76 vezes a relação entre dívida líquida ajustada e Ebitda recorrente no período.

Por outro lado, a queima de caixa da Braskem continuou em ritmo acelerado no trimestre, encerrando setembro com um montante negativo em R$ 1,9 bilhão, piora de 75% na relação anual.

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