Recentemente, o bitcoin rompeu a barreira de US$ 100 mil, alcançando uma capitalização de mercado de mais de US$ 2 trilhões. Assim, a conquista posiciona a principal criptomoeda ao lado de gigantes como ouro, Apple e Microsoft.
O que está por trás dessa alta histórica?
De acordo com Guilherme Nazar, vice-presidente regional da Binance para a América Latina, o bitcoin está se consolidando como um ativo global e convencional. “A adoção institucional, o sucesso dos ETFs de bitcoin e as regulamentações mais favoráveis em vários países estão impulsionando essa demanda crescente. O marco de US$ 100 mil é um divisor de águas para o bitcoin e as criptomoedas como um todo”, afirma.
Além disso, mudanças macroeconômicas, como cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve e um aumento na liquidez global, contribuíram para o rally. “Com a oferta limitada a 21 milhões de moedas, o bitcoin se destaca como uma proteção contra a inflação e a desvalorização das moedas fiduciárias”, completa.
Até onde o bitcoin pode chegar?
Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, compartilha uma visão otimista para o mercado cripto. Segundo ele, a alta recente deve ser apenas o começo de um ciclo de valorização que pode atingir seu pico em 2025. “A opinião popular entre grandes empresas de investimento e fundos de risco é que veremos o bitcoin próximo de US$ 150 mil no segundo semestre de 2025, com algumas projeções ultrapassando os US$ 200 mil”, explica Serrano.
Além disso, outras criptomoedas, como ethereum (ETH) e solana (SOL), também devem se beneficiar do ciclo de alta, com valores projetados em até US$ 7.000 e US$ 600, respectivamente. Serrano ressalta que altcoins de menor capitalização, como memecoins e tokens relacionados à inteligência artificial, também podem superar o desempenho de ativos mais consolidados.
Apesar do otimismo, Serrano alerta para os desafios que acompanham o mercado em alta e que precisam estar no radar daqueles que querem entender como ganhar dinheiro com bitcoin. “A euforia pode expor os investidores a golpes, projetos fraudulentos e decisões impulsivas. É essencial manter a disciplina, gerenciar riscos e evitar o FOMO (medo de perder oportunidades)”, destaca.
Ele também aconselha os investidores a aproveitarem momentos de alta para realizar lucros. “Obter lucros não é uma coisa ruim. Recompensar decisões passadas é parte de uma estratégia inteligente”, afirma Serrano, destacando a importância de planejar entradas e saídas do mercado com cuidado.
O que deve moldar o futuro da criptomoeda
Tanto Nazar quanto Serrano concordam que o avanço das regulamentações em diferentes países está criando um cenário mais seguro e atrativo para os investidores. Além disso, a expansão de ferramentas como stablecoins, finanças descentralizadas (DeFi) e tokens vinculados a ativos reais (RWA) promete revolucionar ainda mais o setor.
“Estamos vendo uma tokenização crescente de ativos reais, o que deve trazer mais eficiência ao mercado financeiro nos próximos anos. O mercado cripto está apenas começando a explorar seu verdadeiro potencial”, conclui Serrano.
Com a conquista do marco de US$ 100 mil, o bitcoin consolida sua posição como um ativo de relevância global. As perspectivas para 2025 são promissoras, mas os investidores devem estar atentos aos riscos e às oportunidades que surgirão nesse cenário de rápida evolução.
