Investir

Certificados de Recebíveis do Agronegócio em 2025: o que esperar

Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) são uma alternativa para quem busca diversificar a carteira e aproveitar os incentivos fiscais. Afinal de contas, esse ativo financeiro é isento de Imposto de Renda.

Mas não são apenas esses pontos que precisamos considerar na hora de pensar em investir em CRAs. É importante entender qual é o cenário para o próximo ano. Ou seja, o que esperar dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio em 2025.

O que é o CRA?

Porém, antes, vamos explicar brevemente o que é o CRA. Esse título da renda fixa nada mais é do que o direito creditório das empresas do agronegócio. Então, ao investir nesse ativo financeiro, você estará, de forma indireta, financiando as operações dessas companhias.

Certificado de Recebíveis do Agronegócio: o que esperar em 2025

De acordo com Marlon Glaciano, planejador financeiro e sócio da Invest Prime Planejamento Patrimonial, os CRAs têm boas perspectivas para 2025, especialmente pelo papel do agronegócio como motor da economia brasileira.

“Com a isenção de IR para pessoas físicas e a possibilidade de taxas atrativas, eles continuam sendo uma alternativa relevante para investidores que buscam diversificação e rendimento. Afinal, a demanda por crédito no setor deve manter o volume de emissões elevado. O que, então, pode aumentar a variedade de opções no mercado”, explica o especialista.

Já para Andre Massaro, professor da FIA Business School, é importante que os investidores que estejam interessados em investir no CRA fiquem de olho nas emissões do ativo. “Ou seja, nas características do título. Se está de acordo com o seu perfil de risco e objetivos”, afirma.

CRAs que devem se destacar em 2025

Glaciano comenta ainda que os Certificados de Recebíveis do Agronegócios que devem ter maior relevância ao longo do ano são aqueles vinculados a grandes empresas do setor de cooperativas e multinacionais consolidadas.

“Isso porque, essas companhias oferecem mais segurança devido à solidez do emissor, sendo uma opção confiável para investidores conservadores”, argumenta.

Além disso, o planejador financeiro destaca também os CRAs atrelados ao IPCA, que garantem proteção contra a inflação, assim como rendimento real acima dessa taxa.

Por fim, o especialista aponta os emissores ligados a práticas ESG e sustentabilidade no agronegócio. “Até porque, esse tipo de ativo alia bom retorno com impacto positivo, o que atrai investidores mais conscientes, diversificados e que possuem visão de longo prazo”, acrescenta.

Benefícios de investir em CRAs no próximo ano

Dentre as várias vantagens de aplicar nos Certificados de Recebíveis do Agronegócio, está, claro, a isenção de Imposto de Renda. O que pode gerar um rendimento líquido superior a outros ativos de renda fixa.

Mas não para por aí. Até porque, os CRAs costumam oferecer taxas mais competitivas, especialmente em cenários de juros altos. E são uma excelente ferramenta de diversificação para quem busca alternativas fora do sistema bancário tradicional. “Com o agronegócio em alta, o setor traz robustez e confiança aos investidores”, acredita Glaciano.

Em 2025: riscos dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio

Por fim, não poderíamos deixar de trazer algumas desvantagens do CRA ano que vem. E para o planejador financeiro, os principais riscos estão ligados à solvência do emissor, já que esse tipo de investimento não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

“Por isso, é importante fazer uma análise criteriosa da saúde financeira das empresas que lastreiam os certificados. Sem esquecer de ficar de olho nas mudanças no cenário econômico, como quedas bruscas na Selic ou no desempenho do agronegócio, que podem afetar a atratividade e a segurança do ativo, especialmente em emissores de menor porte”, conclui o especialista.

Mas antes de investir…

… é importante observar alguns pontos. Se você vai começar agora a aplicar parte do seu patrimônio em CRAs, lembra Sophia Annicchino, gerente institucional da Bloxs, saiba que:

  • é preciso ficar atento ao lastro: “isto, apesar de evidente, deve ser reforçado. Então, busque operações cujo lastro (fluxo de recebíveis) seja sólido e oriundo de uma robusta carteira de clientes ou fornecedores, com histórico de pagamento consistente. Avaliar a saúde da carteira de recebíveis que lastreia o papel é fundamental”, afirma a especialista.
  • avalie a razão de garantia e o valor da dívida: ou seja, qual a proporção do bem ou direito dado em garantia frente ao valor da emissão. E por fim, mas não menos importante, avalie a qualidade desta garantia em termos da sua exequibilidade e valor realizável líquido.

Vem descobrir qual é a diferença entre CRA e CDCA.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo