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Carteira recomendada do BTG de small caps tem 4 novidades

O BTG Pactual promoveu quatro trocas na carteira recomendada de small caps para dezembro. O portfólio do banco reúne empresas que possuem valor de mercado (indicativo) de até R$ 15 bilhões.

O benchmark é o Índice Small Cap (SMLL) da B3.

Então, Fleury, Grupo Mateus, Inter e SLC são as novidades na lista do mês. Enquanto Intelbras, Vivara, IRB e Locaweb deixam a seleção.

Já GPS, Tenda, Marcopolo, São Martinho, Orizon e Desktop completam a carteira de small caps do BTG.

Confira a seguir os principais motivos apontados pelo banco para recomendar cada uma das ações do portfólio.

Mas, antes, veja outros dez papéis indicados pelos especialistas do mercado financeiro para dezembro.

Fleury (FLRY3)

  • Em nossa cobertura de saúde, consideramos o Fleury uma das melhores escolhas de ações defensivas durante períodos de volatilidade aguda do mercado;
  • Oferece uma combinação atraente de baixa alavancagem. Bem como taxas de crescimento razoáveis em um negócio defensivo;
  • Um bom retorno, dado seu forte yield de fluxo de caixa livre (10% em 2024 e 12% em 2025). E yield de dividendos (6% em 2024 e 9% em 2025);
  • Valuation atrativo (aproximadamente 9,5x P/L para 2025).

Inter (INBR32)

  • Embora a deterioração da dinâmica macroeconômica do Brasil, com a inflação em alta e taxas de longo prazo muito mais elevadas, possa levar a uma estratégia mais cautelosa em relação ao crescimento e ao risco de qualidade dos ativos no Inter, acreditamos que a queda de 28% no último mês foi exagerada;
  • Mesmo nesse cenário, ainda se espera uma melhoria contínua na margem financeira ajustada ao risco. Isso impulsionando maiores ROEs. Especialmente considerando o ainda incipiente portfólio de consumer finance, que tem um significativo espaço para crescer;
  • Além disso, o banco tem se destacado no crescimento da receita de tarifas (aumento de quase 40% a/a nos primeiros 9 meses de 2024). O que também é gerador de valor para o ROE;
  • Negociando a 1,4 vezes o último P/VP e 8,2 vezes o P/L estimado para 2025, acreditamos que a assimetria agora está mais inclinada para o lado positivo.

Tenda (TEND3)

  • Temos uma visão otimista sobre a habitação de baixa renda. Devido às mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que ampliaram os limites de renda para a Faixa 1. Assim beneficiando especialmente os compradores elegíveis para essa categoria, onde a Tenda está estrategicamente focada.
  • No terceiro trimestre de 2024, a Tenda apresentou um crescimento significativo nos lançamentos e vendas. Com aumentos de 144% e 68% em relação ao mesmo período do ano anterior, respectivamente;
  • A empresa também alcançou uma margem bruta ajustada de aproximadamente 32% no trimestre, um retorno sobre o patrimônio líquido anualizado de 17% e um fluxo de caixa livre positivo, reforçando nossa confiança na reestruturação da companhia.
  • Embora as ações não pareçam baratas para este ano (cerca de 15 vezes o P/L estimado para 2024), elas estão sendo negociadas a um valuation extremamente atraente de aproximadamente 4 vezes o P/L estimado para 2025.

Orizon (ORVR3)

  • É nossa principal escolha no setor de serviços básicos entre as small caps;
  • A empresa possui muitas características de um ativo gerador de valor ao longo do tempo;
  • A maior parte de suas receitas, provenientes de tarifas, assemelha-se às de monopólios naturais regulados;
  • No terceiro trimestre de 2024, a Orizon registrou um lucro líquido de R$ 37,1 milhões, quase 21 vezes superior aos R$ 1,8 milhão do mesmo período do ano anterior;
  • Além disso, a empresa opera em um setor fragmentado e tem potencial para verticalizar muitos de seus Ecoparques em outros negócios, como a produção de biometano e fertilizantes orgânicos, aumentando o valor presente líquido e a TIR projetada da tese de investimento.

São Martinho (SMTO3)

  • Destaca-se como uma empresa premium e com exposição em uma das poucas teses de commodities agrícolas para as quais mantemos uma perspectiva estruturalmente otimista de preços: o açúcar;
  • Do ponto de vista de valuation, a São Martinho permanece atrativa, negociando com um yield de fluxo de caixa de 10,5% para o ano fiscal de 2026 e 13,4% para 2027;
  • Com os estoques de etanol provavelmente atingindo o pico e a expectativa de uma demanda robusta por combustíveis, estimamos um potencial significativo para aumentos de preços durante a entressafra, oferecendo um catalisador de curto prazo para revisões positivas dos lucros;
  • Como exportadora de açúcar, a São Martinho também proporciona uma exposição importante a um nível de câmbio mais alto no Brasil;
  • Nos níveis atuais de preço das ações, a margem de segurança parece elevada, tornando o perfil de risco-retorno altamente atraente.

GPS (GGPS3)

  • Projeção robusta de crescimento, com uma taxa composta de crescimento anual do LPA de 18% entre 2024 e 2026, impulsionada por seu amplo mercado endereçável (acima de R$247 bilhões);
  • Equipe de gestão experiente e competente;
  • Baixos requisitos de capital, mantendo níveis elevados de ROIC em torno de 20%;
  • Embora reconheçamos que o terceiro trimestre não tenha sido um catalisador para a ação, já que a tendência orgânica permaneceu em um dígito, a lucratividade continua saudável e esperamos ver tendências melhores nos próximos trimestres;
  • O capital de giro deve melhorar à medida que a GRSA for totalmente incorporada;
  • Do ponto de vista de valuation, a empresa está sendo negociada a 13 vezes o P/L caixa para 2025, próximo à sua média histórica.

Marcopolo (POMO4)

  • Momento favorável no curto prazo, impulsionado por recuperação da indústria de ônibus, auxiliada por tarifas aéreas mais altas, levando clientes a optarem por viagens de ônibus;
  • Ajuste recente da capacidade de produção da Marcopolo;
  • Cenário melhorado para o fornecimento de componentes;
  • Melhores resultados das operações internacionais;
  • Aumento nos volumes do programa Caminho da Escola;
  • Além disso, a Marcopolo está cada vez mais posicionada para novas oportunidades, como o fortalecimento de sua atuação no mercado B2B;
  • Aceleração da transformação tecnológica, melhoria da eficiência produtiva e aproveitamento do crescente mercado de ônibus elétricos;
  • Por fim, observamos que a Marcopolo está sendo negociada a um valuation atrativo de 6 vezes o P/L estimado para 2025.

Desktop (DESK3)

  • Está sendo negociada a um múltiplo de P/L de 6,2x para 2025E, apresentando um desconto em relação a empresas globais integradas de telecomunicações, que possuem um P/L médio de 10,8x, e à Brisanet, que negocia a 11x P/L para 2025E;
  • Recentemente, as ações da Desktop tiveram valorização devido a especulações sobre uma possível aquisição pela Vivo, o que posteriormente foi confirmado como conversas sobre um potencial negócio;
  • Embora não haja um prazo específico ou conclusão sobre as discussões em andamento, o desempenho da DESK3 pode se beneficiar de notícias positivas relacionadas;
  • Com um valuation atrativo e promissoras oportunidades de criação de valor, reiteramos nossa recomendação de COMPRA;
  • Mantemos a Desktop como nossa principal escolha em nosso universo de cobertura de ISPs (provedores de serviços de internet).

Grupo Mateus (GMAT3)

  • Os resultados trimestrais recentes reforçaram mais uma vez a resiliência das operações da GMAT. Ou seja, com sinais de melhorias nas margens e uma expansão decente da receita líquida (incluindo uma aceleração no formato C&C);
  • Embora a forte concorrência (incluindo de players regionais, que saturam alguns mercados) e as margens apertadas signifiquem que o setor de varejo alimentar não seja uma grande tese de investimento estrutural, ainda vemos a GMAT (nossa principal escolha no segmento) como uma opção mais resiliente;
  • Combina baixa alavancagem financeira e valuation atrativo. Assim como exposição ao aumento da inflação alimentar no Brasil e às regiões (Nordeste e Norte) onde os players nacionais (e mais agressivos) tem uma menor competitividade.

SLC (SLCE3)

  • Possui vantagens competitivas e é líder de mercado em um dos setores mais prósperos e de rápido crescimento do Brasil: o agronegócio;
  • Embora não seja nosso cenário base uma alta imediata nos preços da soja ou do algodão, também não antecipamos outra queda acentuada nos preços das commodities, com preços próximos ou abaixo dos custos marginais de produção;
  • Em termos de valuation, a SLC continua sendo uma sólida tese de investimento de carrego, negociando a um atrativo múltiplo de 4,5x EV/EBITDA para 2025 e abaixo do patamar de 1x P/NAV;
  • Como grande exportadora de commodities agrícolas, a SLC também oferece uma exposição interessante a uma taxa de câmbio maior no Brasil.

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