Brasileiros investem de 7% a 35% de patrimônio em bitcoin e criptomoedas, revelam dados da CVM
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou sua “Perfil e Comportamento dos Investidores 2023” com vários brasileiros, que tiveram suas opiniões coletadas ao longo daquele ano.
Os resultados, divulgados na última terça-feira (17), revelaram que a CVM tem uma imagem positiva entre os investidores, com uma percepção como fonte confiável de informações. Assim, 59% dos investidores avaliaram que as normas de regulação contribuem para um Mercado de Capitais eficiente.
Para Paulo Portinho, Gerente de Educação e Inclusão Financeira (GEIF) da CVM, o resultado reforça a importância de conhecer os investidores brasileiros.
“O resultado da pesquisa reforça a importância de conhecer os investidores brasileiros, sejam eles iniciantes ou mais experientes. Entender por que e como eles se interessaram pelos investimentos e seus objetivos é muito relevante para promover ações, inclusive de educação financeira, com o objetivo de fortalecer a troca entre os agentes e o mercado de capitais.”
A pesquisa coletou mais de 700 respostas válidas ao longo de 2023 para compreender o perfil, comportamento, motivações e desafios enfrentados por investidores e potenciais investidores no mercado de capitais.
As análises consideraram quatro aspectos fundamentais: resiliência financeira, letramento financeiro, confiança no mercado de capitais e tendências comportamentais.
Além de mapear o perfil do investidor, a pesquisa identificou possíveis oportunidades para promover ações de inclusão financeira, visando fortalecer a relação entre investidores e o mercado de capitais brasileiro.
Veja o percentual de cada perfil de investidores em bitcoin e criptomoedas, por perfil
Primeiramente, com dados da nova pesquisa divulgada pela CVM, investidores brasileiros que se declaram “Conservadores” declararam ter 7,25% do seus produtos financeiros em criptomoedas.
Outro gráfico interessante compartilhado pela CVM envolve a distribuição por porcentagem dos investidores Moderados. No tópico de criptomoedas e bitcoin, respondentes com este perfil declararam ter 21% de seus produtos financeiros em criptos.
Por fim, no gráfico que mostra a distribuição percentual dos tipos de produtos financeiros em uma carteira “Arrojada”, os brasileiros responderam que alocam até 35% em bitcoin e outras criptomoedas. Vale o destaque que 50% dos participantes se declararam arrojados, ou seja, a maioria dos investidores acredita que mais de um terço de seu patrimônio devem estar em bitcoin e outras criptomoedas.
Ao comentar sobre os dados, Nathalie Vidual, Superintendente de Orientação aos Investidores e Finanças Sustentáveis (SOI) da CVM, revelou que a educação financeira se mostrou um dos pilares mais importantes.
“Fomentar a educação financeira é um dos pilares essenciais para a CVM e para termos um mercado de capitais cada vez mais democrático, transparente e inclusivo. A CVM atua com o objetivo de equipar o investidor com competências e habilidades para que possa tomar decisões de investimento de forma segura e refletida. A pesquisa só reforça que o brasileiro busca conhecimento sobre o assunto ano após ano. Continuaremos firmes em nosso propósito de auxiliá-lo nesta jornada, por meio da educação financeira.”
Os dados da pesquisa na íntegra podem ser obtidos ao realizar o download do arquivo pdf no site da própria CVM.