Boletim Focus dá pontapé inicial na semana
A semana começa com agenda econômica diminuta, mas importante. Assim, a divulgação por parte do Banco Central do Boletim Focus, que ocorre toda segunda-feira, ganha especial atenção nesta semana pois será neste documento que devem constar novas previsões para a taxa básica de juros e para a inflação. Assim começa o morning call de hoje.
Isso ocorre porque na semana passada o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Selic em um ponto percentual. A taxa básica chegou então a 12,25%. O Itaú Unibanco antecipou-se. Então, na última sexta-feira (13) a instituição financeira projetou que a Selic chega a 15%. Antes, a previsão era de 13,50%.
Da mesma maneira, o banco estima que a inflação termina este ano em 4,9%. E chega a 5% em 2025. Para além do Itaú, vamos ver como os respondentes do Boletim Focus enxergam a economia após a decisão do Copom daqui a pouco.
Morning call: Lula no foco do mercado
O mercado segue atento ao estado de saúde de Lula. Sobretudo pelo que as cirurgias da última semana representam para o futuro, no ainda indefinido tabuleiro de xadrez para 2026. Passou a ser debatido no mercado o fato de que a condição de saúde de Lula pode levá-lo a não disputar a reeleição em 2026. Isso abriria espaço para outros nomes emergirem no cenário.
O mais cotado atualmente é Fernando Haddad. Ele tem experiência de já ter concorrido ao cargo e ocupa o principal ministério da República.
Lula teve alta no domingo. E em entrevista disse que estava disposto para voltar a trabalhar.
Então, embora a ausência do presidente em Brasília não interfira na articulação política – Haddad ocupa inclusive este papel -, a semana promete ser intensa. Há possibilidade de votação de parte do pacote fiscal do governo e, também, da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Como sempre, a ver….
Morning call: como fecharam os mercados na sexta-feira
Nem mesmo um leilão extraordinário de dólares feito pelo Banco Central na sessão de sexta-feira conseguiu reverter a tendência mais negativa dos ativos domésticos, inclusive do Ibovespa.
O índice encerrou o dia com queda de 1,13%, aos 124.612 pontos, bem perto da mínima de 124.578 pontos, e distante da máxima de 126.290 pontos.
A última vez que o Ibovespa caiu para abaixo dos 125 mil pontos tinha sido em 28 de novembro, um dia após a apresentação do pacote de corte de gastos, quando chegou aos 124.610 pontos.
Na semana, o Ibovespa recuou 1,06%, menos do que a queda de 2,68% registrada na semana de apresentação do pacote de corte de gastos. O volume financeiro no índice foi de R$ 17,1 bilhões e de R$ 22,7 bilhões na B3.
Já em NY, o Nasdaq subiu 0,12%, o Dow Jones caiu 0,20% e o S&P 500 terminou no zero a zero.
Das 86 ações do Ibovespa, 59 fecharam o dia em queda. Papéis de blue chips também não escaparam. Na contramão da alta do petróleo, as ações PN da Petrobras recuaram 0,63%, enquanto as ON caíram 0,48%. Já entre os bancos, a maior contração foi registrada pelas units do BTG Pactual, que recuaram 1,85%.
Com informações do Valor Econômico