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Bitcoin não é um ativo americano, mas do BRICS, diz executivo da VanEck

Para Matthew Sigel, head de pesquisas de ativos digitais da VanEck, o Bitcoin não é um ativo americano, mas de países emergentes do BRICS. Em entrevista ao Squawk Box realizada nesta segunda-feira (28), Sigel diminuiu a importância das eleições americanas e focou na reunião do BRICS que aconteceu na Rússia na última semana.

Em relação ao preço, o executivo se mostrou positivo sobre esse ciclo, destacando que o mesmo padrão de baixa volatilidade aconteceu em 2020, momentos antes de seu valor decolar e o mercado entrar num frenesi.

Enquanto algumas pessoas comparam a adoção do Bitcoin com a internet dos anos 90, Sigel vê a criptomoeda como jogos de computadores. “Há cada dia há novos compradores nascendo, como na indústria de vídeo games, e os velhos críticos morrendo”, disse Sigel.

Bitcoin não é um ativo americano, defende Matthew Sigel

Ao olharmos para o Bitcoin, muitos pontos mostram uma forte relação da criptomoeda com os EUA. Seu código é escrito em inglês, os maiores ETFs são americanos, seu preço é precificado em dólar, e as maiores mineradoras estão lá.

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No entanto, Matthew Sigel acredita que o Bitcoin está muito mais ligado a países emergentes do BRICS do que ao próprio EUA. Isso porque são os próprios governos desses países que estão usando o BTC, e não empresas privadas.

“Não é um ativo americano, é um ativo de mercados emergentes.”

“Enquanto estamos hiperventilando sobre as eleições [americanas] ao longo da última semana, os BRICS fizeram uma conferência na Rússia. Há seis novos membros do BRICS nesse ano, o PIB do BRICS é maior que do G7, dos seis novos membros, três deles — Argentina, Emirados Árabes Unidos e Etiópia — estão minerando Bitcoin com recursos governamentais”, comentou Sigel.

Seguindo, o executivo destaca que há uma urgência fora dos EUA para contornar a política fiscal irresponsável que existe em seu país. Como exemplo, ele cita que a Rússia anunciou uma iniciativa para financiar a indústria de mineração e então usá-lo como moeda de troca com outros países do grupo.

“Algum dia, não sei se daqui a 5 ou 10 anos, o Putin vai morrer e nós vamos querer reintegrar alguns desses países no sistema financeiro global. E eles estarão negociando com Bitcoin. O que vamos fazer?”

Executivo está confiante em subida de preços

Em relação ao preço, assunto que qualquer investidor adora especular, Matthew Sigel é mais um otimista em relação ao futuro. Embora não tenha revelado um preço específico, o executivo acredita que o BTC está prestes a explodir um novo ciclo de alta.

“Este é um cenário muito otimista para o Bitcoin com a aproximação das eleições. Vimos o mesmo padrão exato em 2020, quando o Bitcoin ficou atrás com baixa volatilidade e, assim que um vencedor foi anunciado, tivemos uma alta com grande volatilidade conforme novos compradores entraram nesse mercado.”

Sobre a correlação do Bitcoin com outros ativos, Sigel descreveu a criptomoeda como “um camaleão”, sendo difícil saber em quais ativos ela irá grudar no curto e no longo prazo.



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