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BC sinaliza revisão de prazo de resgate de LCI e LCA

O diretor de Regulação do Banco Central (BC), Otávio Damaso, disse nesta quinta-feira (22) que as mudanças recentes nas regras de emissão das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) foram feitas “de forma cirúrgica”. Mas que talvez “tenhamos uma perninha errada”, que é a assimetria de prazo de resgate das LCI em comparação com as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

“A questão de assimetria do prazo da LCA está no radar e estamos estudando [mudanças]”, afirmou Damaso.

Antes de tudo, com uma mudança imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em fevereiro, o prazo mínimo para resgate desses títulos passou a ser de noves meses nas LCA. Bem como de 12 meses nas LCI.

Para Damaso, houve um descasamento com o prazo da LCA que “na visão do investidor de varejo” é bem parecido com a LCI.

As falas foram feitas durante evento promovido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) em São Paulo.

Mudanças na poupança

Ainda durante o painel, Damaso destacou a importância crescente do mercado de capitais e dos instrumentos bancários no financiamento imobiliário. Ele disse que a poupança não deve ter o mesmo dinamismo visto no passado.

“É consenso que a poupança vai reduzir a participação como funding do financiamento imobiliário. Já estamos percebendo isso”, afirmou. Esse produto, no entanto, não deve desaparecer, considerando o “apelo cultural”.

Ele afirmou ainda que não acredita em mudanças estruturais na poupança “para ela voltar a ser pujante”. “Em alguns momentos se pensou em mudar. Mas há vários dilemas no caminho que não conseguimos equacionar”, explicou.

Com informações do Valor Econômico

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