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Azul (AZUL4) conclui reestruturação de dívidas com bondholders, arrendadores e fabricantes

A Azul (AZUL4) anunciou nesta segunda-feira (28) a conclusão de um processo de reestruturação de dívida, que envolveu acordos com praticamente todos os detentores de títulos de dívida da companhia aérea, arrendadores, fabricantes e fornecedores.

Em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a reestruturação abrangeu a eliminação de cerca de US$1,6 bilhão em dívidas do balanço patrimonial, incluindo a conversão de aproximadamente US$ 557 milhões em obrigações relacionadas a ações de arrendadores e fabricantes em novas ações preferenciais da Azul, com emissão prevista para o primeiro trimestre de 2025.

Além disso, a companhia também trocou US$ 243,6 milhões em notas existentes por novos acordos comerciais e fez ajustes nos prazos de vencimento de outras dívidas, com a inclusão de juros incorporados ao principal.

Com a conclusão do processo, a Azul também levantou US$525 milhões através da emissão das Notas Superprioritárias, que incluem uma opção de pagamento de juros em dinheiro ou com a inclusão dos mesmos no valor principal.

O financiamento foi crucial para a reestruturação da dívida da empresa e para garantir uma maior flexibilidade financeira no futuro, de acordo com o comunicado divulgado pela Azul.

Melhora da estrutura de capital

Com a reestruturação, a Azul conseguiu melhorar sua estrutura de capital e reduziu sua alavancagem dos últimos 12 meses, passando de 4,8x para 3,4x, com base nos números do terceiro trimestre de 2024.

O acordo com os arrendadores foi firmado em outubro do ano passado e é crucial para fortalecer a geração de caixa da Azul e melhorar a estrutura de capital da companhia. 

No início deste mês, Azul e a Abra, controladora da Gol (GOLL4), anunciaram a assinatura de um Memorando de Entendimentos Não Vinculante (MoU) para avaliar uma combinação de negócios.

O documento estabelece os entendimentos entre as partes sobre a governança da futura empresa resultante dessa operação e reforça o compromisso das companhias em seguir com as negociações relacionadas à proposta de troca de ações e outras condições da transação.

Juntas, as duas companhias teriam uma participação aproximada de 60% no mercado nacional, superando os 40% da rival Latam, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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