Ativos locais se deterioram com temor fiscal e ambiente externo
Os juros futuros tocaram as máximas intradiárias e o dólar comercial se firmou em alta diante de uma nova deterioração da percepção dos agentes financeiros quanto à política fiscal do governo. De acordo com operadores, o movimento se deu com a possibilidade de que as empresas estatais sejam retiradas do orçamento, o que abriria espaço para mais gastos, conforme apuração do jornal O Estado de S. Paulo.
Além disso, o ambiente no exterior é menos favorável, com o dólar fortalecido ante moedas emergentes pela perspectiva de vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos no mês que vem. As taxas dos Treasuries também se afastaram dos menores níveis do dia.
Por volta de 10h, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 subia de 12,615%, do ajuste anterior, para 12,695%; a do DI de janeiro de 2027 avançava de 12,74% para 12,885%; e a do DI de janeiro de 2029 tinha alta de 12,725% a 12,88%.
Já o dólar comercial, que operava em leve queda na abertura das negociações, passou a avançar 0,51%, a R$ 5,6843. A moeda americana também ganhou força no exterior, em especial contra o peso mexicano. Se mais cedo o dólar avançava 0,22% ante a moeda do México, agora tem valorização de 0,84%. Diante disso, o peso e o real são as duas moedas com piores desempenhos na sessão, da relação das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.
No mercado de renda fixa americano, a taxa da T-note de dez anos tinha leve queda, de 4,037% a 4,024%.
*Com informações do Valor Econômico