Ativos locais destoam do exterior e sofrem piora com ruídos sobre política fiscal no foco
Os ativos domésticos destoaram do comportamento externo e atingiram os piores níveis do dia há pouco, com o dólar a R$ 5,81 na máxima; os juros intermediários e longos acima de 13%; e o Ibovespa em queda. Mesmo com os sinais benignos do exterior, após um susto com a criação de postos de trabalho abaixo do esperado nos Estados Unidos, os ruídos locais relativos à situação fiscal seguem no radar dos participantes do mercado e dão apoio a um aumento nos prêmios de risco dos ativos locais.
Enquanto o pacote de cortes de gastos do governo não é oficialmente divulgado, o mercado segue sensível a quaisquer notícias relativas ao valor total da medida. Assim, circularam nas mesas de operação informações em torno de um valor de cerca de R$ 30 bilhões em redução de despesas, com medidas que não devem ter um caráter mais estrutural. Isso bastou para provocar uma piora no comportamento dos ativos financeiros, sobretudo nos mercados de câmbio e de juros, cuja dinâmica tem sido bastante instável a depender das notícias sobre a condução da política fiscal.
Por volta de 10h50, o dólar operava em alta de 0,31% no mercado à vista, cotado a R$ 5,7993, após ter subido a R$ 5,8124 na máxima do dia, enquanto o Ibovespa recuava 0,29%, aos 129.342 pontos. Já na curva de juros, a taxa do DI para janeiro de 2029 subia de 12,975% no ajuste de ontem para 13,08%, enquanto a do DI para janeiro de 2031 avançava de 12,915% para 13,01%.
*Com informações do Valor Econômico