Arrecadação de seguros avança 13,2% até setembro; confira os segmentos de destaque
A demanda por seguros cresceu 13,2% nos primeiros nove meses do ano, movimentando mais de R$ 324 bilhões. É o que revelam dados divulgados nesta quinta-feira (28) pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras). Além disso, o setor desembolsou mais de R$ 181 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, registrando um aumento de 6,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados não incluem valores referentes ao setor de saúde suplementar.
O segmento de coberturas de pessoas, que engloba os seguros de vida e os planos de previdência aberta, foi o principal responsável pelo aumento das indenizações, com R$ 115,5 bilhões, uma alta de 4%. O levantamento mostra avanço também nos pagamentos pelos seguros de danos e responsabilidades, que atingiram R$ 46,6 bilhões, um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior.
As coberturas de pessoas apresentaram aumento na arrecadação, sendo responsáveis por mais de 80% do avanço do setor no período. Com arrecadação superior a R$ 200 bilhões, o segmento cresceu 17,8% em comparação a 2023. Os seguros de danos e responsabilidades também subiram, apresentando alta de 6,6%, totalizando R$ 100 bilhões em prêmios.
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Os títulos de capitalização, por sua vez, somaram R$ 23,5 bilhões em faturamento, registrando uma expansão de 6,1% em relação ao ano anterior.
Entre os ramos que melhor performaram nos nove meses deste ano, a entidade destaca o grupo patrimonial, composto por produtos que visam proteger propriedades, equipamentos, obras e lucros, que registrou um aumento de 63,6% nas indenizações, impulsionado pelas enchentes históricas que afetaram o Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano. Os títulos de capitalização, por sua vez, pagaram quase R$ 10 bilhões aos clientes em resgates e sorteios, uma alta de 10,7% no mesmo período.
Produtos com destaque
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Entre os produtos que mais se destacaram ao longo do ano, o seguro de vida, carro-chefe do grupo de seguros de pessoas, apresentou desempenho recorde. Em setembro, arrecadou R$ 3 bilhões, o maior valor nominal da série histórica, um crescimento de 12,7% em relação ao mesmo mês de 2023. Os pagamentos de indenizações também subiram 12,1%, com mais de R$ 777 milhões desembolsados no período.
O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, salienta que o seguro de vida tem se consolidado como uma solução de relevância econômica e social no Brasil.
“Ele oferece proteção financeira às famílias em caso de falecimento da figura provedora, garantindo suporte para despesas imediatas, como contas médicas e funerais, além de assegurar o padrão de vida dos dependentes. Além disso, é uma ferramenta valiosa de planejamento financeiro, permitindo a continuidade de projetos pessoais ou familiares”, explicou.
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Para o executivo, a pandemia de Covid-19 e os recentes eventos climáticos extremos intensificaram a percepção da vulnerabilidade e da necessidade de proteção financeira. “Esse cenário, aliado ao aumento da renda disponível e à expansão da classe média, tem incentivado mais brasileiros a incluírem o seguro de vida em suas prioridades.”
Até setembro de 2024, o seguro de vida registrou crescimento de 14% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando mais de R$ 25 bilhões em prêmios, quase metade da arrecadação do grupo de seguros de pessoas. Em termos de retorno aos beneficiários, foram pagos cerca de R$ 6,5 bilhões em indenizações, proporcionando apoio financeiro e conforto a inúmeras famílias no momento da perda de um familiar.
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