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Alemanha fecha 47 corretoras de bitcoin e criptomoedas em operação “Final Exchange”

O Ministério Público da Alemanha anunciou nesta quinta-feira (19) que fechou 47 corretoras de criptomoedas e serviços de câmbio, partindo da cidade de Frankfurt am Main, região central do país.

Deflagrada pelo Gabinete Central de Combate ao Crime na Internet e o Gabinete Federal de Polícia Criminal, a força tarefa indica que reduziu serviços online utilizados para fins criminosos.

De acordo com comunicado ao público, todos os serviços encerrados facilitavam a lavagem de dinheiro, ao permitir o cadastro de clientes sem as práticas de Conheça seu cliente, o popular KYC.

Ao que tudo indica, as investigações começaram em meio ao recente caso da venda de bitcoins pela Alemanha, que causou pressão no preço da moeda digital nos últimos meses.

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Alemanha fecha 47 corretoras de criptomoedas

Conforme comunicado da BKA na Alemanha, os operadores dos serviços de câmbio agora desligados são acusados ​​de ocultar deliberadamente a origem de fundos obtidos criminosamente em grande escala.

Isso porque, ao não implementar de forma adequada requisitos legais para combater o branqueamento de capitais (o chamado princípio conheça o seu cliente), e os serviços se envolveram com lavagem de dinheiro e atividades criminosas.

A investigação apurou que as plataformas tinham como objetivo a troca rápida, fácil e anônima de criptomoedas por outras criptomoedas ou moedas digitais, a fim de disfarçar sua origem.

Assim, possuíam entre seus clientes criminosos envolvidos com grupos de ransomware, comerciantes de darknet e operadores de botnets que extorquem dinheiro de resgate através de tais serviços. Ao depositar nas plataformas, trocar por outras criptomoedas e sacar novamente, permitiam aos suspeitos de crimes operarem esquemas ilícitos.

Os dados dos clientes das plataformas foram resgatados pelo Ministério Público da Alemanha, que espera aprofundar suas investigações contra os criminosos e suas operações com dinheiro digital.

“Identificar os criminosos será fundamental para reprimir a lavagem de dinheiro”, dizem responsáveis pela investigação que emitiram alerta a quem utilizou os serviços e achava que estava anônimo

Em nota, os investigadores ainda divulgaram que “para combater a cibercriminalidade de forma sustentável, as investigações de pessoal, ou seja, a identificação e a repressão bem-sucedida dos criminosos, constituem uma abordagem importante e eficaz“.

No entanto, uma vez que os cibercriminosos estão frequentemente no estrangeiro e são tolerados ou mesmo protegidos por alguns países, muitas vezes permanecem inacessíveis às autoridades alemãs, diz o MP de Frankfurt.

Em nota no site que relaciona as 47 corretoras de criptomoedas fechadas, autoridades da Alemanha deixam claro que quem operava com as plataformas esperava estar com seus dados protegidos, mas se enganaram.

“ESTA FOI SUA ÚLTIMA NEGOCIAÇÃO! Isto é para vocês, afiliados de ransomware, operadores de botnets e fornecedores de darknet: Durante anos, os operadores destes serviços de negociações criminosas levaram-no a acreditar que o seu alojamento não pode ser encontrado, que não armazenam quaisquer dados dos clientes e que todos os dados são eliminados imediatamente após a transação. Um centro aparentemente não regulamentado que lhe permite lavar o produto das suas atividades criminosas sem medo de ser processado.

Do nosso ponto de vista: nada além de promessas vazias! Encontramos seus servidores e os apreendemos – servidores de desenvolvimento, servidores de produção, servidores de backup. Temos os dados deles – e, portanto, temos os seus dados. Transações, dados cadastrais, endereços IP. Nossa busca por vestígios começa. Vejo você em breve.”

Da lista das corretoras encerradas, tem plataformas que operavam desde 2012, mostrando assim que a Operação Final Exchange encerrou negócios fraudulentos antigos em operação.



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