Economia

Ações da Petrobras ignoram aversão a risco e queda do petróleo e operam em alta após balanço

As ações da Petrobras ignoram a queda do petróleo, a frustação com os estímulos chineses, além da forte aversão a risco local, e avançam nesta sexta-feira. A estatal divulgou resultados trimestrais considerados fortes por analistas e animou investidores com o pagamento de dividendos ordinários de US$ 3,1 bilhões.

Por volta das 15h30, o papel preferencial da Petrobras subia 1,38%, cotado a R$ 36,00, enquanto o ordinário avançava 1,28%, a R$ 38,87. Já o petróleo Brent, referência mundial, operava em queda 2,46%, a US$ 73,76 por barril. No mesmo horário, o Ibovespa tinha queda firme, de 1,80%, aos 127.352 pontos, em dia de forte a deterioração dos ativos domésticos e dos mercados emergentes, com as políticas do futuro governo de Donald Trump nos Estados Unidos no radar.

Há pouco, a notícia de que o Plano de Negócios da Petrobras deve atingir cerca de US$ 110 bilhões, de 2025 a 2029, segundo o jornal “O Globo”, acelerou os ganhos do papel. Atualmente, o programa prevê aportes de US$ 102 bilhões de 2024 a 2028. Assim, esse aumento considerado pequeno nos investimentos comprometeria menos a possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários, o que animou investidores.

Em relação aos resultados, o Itaú BBA afirma que o fluxo de caixa operacional da empresa, de US$ 11,3 bilhões, ficou acima de sua previsão de US$ 9 bilhões. A analista Monique Greco avalia que o resultado foi favorecido pela redução nos pagamentos de imposto de renda e contribuições sociais, o que compensou a maior concentração de desembolso com investimentos de US$ 4,5 bilhões no período, um aumento de 31% em relação ao segundo trimestre.

O banco tem recomendação de compra paras as ações preferenciais da Petrobras, com preço-alvo de R$ 48 para 2025.

Para os analistas do Bradesco BBI, os resultados da estatal ficaram em linha com as expectativas, com surpresa na unidade de exploração e produção, o que deixou o Ebitda de US$ 11,6 bilhões cerca de 4% além do esperado. O banco tem recomendação de compra para o papel preferencial, também com preço-alvo em R$ 48.

Já o J.P. Morgan diz que a , com preço-alvo em US$ 18,50 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse).

*Com informações do Valor Econômico

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