Ações da Oi (OIBR3) tombam 8% na bolsa; companhia recebe sinal verde para aumento de capital bilionário
As ações da Oi (OIBR3) caminham para encerrar o pregão entre as maiores quedas da bolsa nesta sexta-feira (30).
Os papéis ordinários chegaram a registrar um tombo perto dos 10% mais cedo, e, por volta das 11h50, ainda caíam 8,16%, cotados em R$ 4,84. Por outro lado, as ações preferenciais recuavam 0,41% no mesmo horário, a R$ 12,10.
O desempenho ocorre no mesmo dia em que a companhia de telecomunicações informou ter recebido um importante sinal verde.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, um aumento de capital bilionário que faz parte do plano de recuperação judicial da Oi.
Oi (OIBR3) fará aumento de capital bilionário
A operação será realizada por meio de capitalização de créditos detidos contra a companhia. Ou seja, os credores trocarão dívidas por ações.
Mas quem já é acionista da Oi também poderá participar e exercer o direito de preferência no aumento de capital.
A expecativa é que a operação movimente R$ 1,3 bilhão, com a emissão de 264 milhões de novas ações OIBR3 a R$ 5,26 cada..
Vale destacar, porém, que a companhia ainda precisa obter a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) antes de efetivar a capitalização.
Novo leilão da ClientCo vem aí
Além do aumento de capital, a Oi também atualizou o mercado a respeito de uma outra etapa do plano de RJ: o leilão da ClientCo.
A companhia apresentou oficialmente uma petição ao juízo da recuperação judicial para publicar o edital e marcar uma data para a nova rodada do certame.
Vale relembrar que a primeira rodada, realizada em julho, rendeu apenas um lance. A Ligga Telecomunicações ofereceu R$ 1,05 bilhão pela antiga Oi Fibra.
Mas o plano de recuperação judicial da Oi, aprovado em abril, estabelecia um valor mínimo de R$ 7,3 bilhões para o negócio. O objetivo da venda é justamente fortalecer o caixa da companhia para o cumprimento do plano.
Como a cifra foi muito inferior à prevista, a rodada do leilão foi suspensa para que a administração judicial da companhia apresentasse a oferta para análise e deliberação dos credores, que a rejeitaram no final de julho.