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Ações brasileiras estão baratas? Gestores da Itaú Asset falam

Luiz Ribeiro, gestor do fundo de ações Itaú Asgard, afirmou na quinta-feira que há no momento um “pessimismo exagerado com emergentes” no mercado global. Segundo ele, os investidores só têm olhos para os Estados Unidos, mas essa desvantagem na avaliação de valor não é sustentável.

“Começo a ficar otimista com emergentes. Para 2025, estamos olhando com mais carinho para explorar alguma discrepância”, afirmou ele, ao participar do evento “Perspectivas 2025”, da Itaú Asset.

O gestor afirma que a América Latina está na mesma situação, fora do radar dos investidores, “e é nessas horas em que aparecem as oportunidades.” De acordo com Ribeiro, os ativos brasileiros estão baratos, mas ele não vê um gatilho para a situação mudar.

“Estamos assimétricos. As notícias negativas têm impacto pequeno e qualquer notícia positiva é capaz de influenciar. É perigoso ficar zerado em bolsa brasileira hoje, por isso temos cuidado quando vamos para o mercado lá fora, porque temos que ficar com o pé aqui.”

Carlos Silva, gestor do Itaú Janeiro, concordou: “O Brasil deixou de ser assunto. Temos operado de forma tática, evitado empresas alavancadas, baratas mas não alavancadas e com crescimento garantido.”

Investimentos nos Estados Unidos

Outro gestor da asset que participou do evento, Rodrigo Koch, que administra o Itaú Optimus, afirmou que a expectativa é que os Estados Unidos continue crescendo em ritmo saudável, o que vai puxar o mercado de ações.

“Não será um ‘boom’, vejo algo em torno de 10% a 15%, com diferença menor das Sete Magníficas [Apple, Microsoft, Amazon, Nvidia, Alphabet (dona do Google), Meta e Tesla] para os outros papéis.”

Já Ribeiro alerta que a corrida da inteligência artificial está só no começo.

“É uma corrida para quem chega lá primeiro e ‘a few winners take it all’ [poucos vencedores levam tudo]. O desafio é selecionar as ações que vão bem nessa parte do ciclo”, ressaltou o gestor, que revelou ainda que o fundo reduziu a exposição às ações americanas, mas elas ainda têm fatia relevante na carteira.

Com informações do Valor Econômico

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