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A ação da Sabesp (SBSP3) ainda está barata? Tarcísio responde se o governo perdeu dinheiro com a privatização 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a relação ativos-valor [EV/RAB] da Sabesp (SBSP3) chegará a 1,2 ou 1,3 com a privatização da companhia. Ele deu a declaração em entrevista à revista Exame, nesta quinta-feira (15).

“A relação base de ativos-valor da Sabesp vai mudar. Ela sempre caminhou na base de 0,7; 0,8, vai bater 1,2 ou 1,3”, declarou o governador.

“Isso significa que em pouco tempo, aquele resíduo de 18% de ações que a gente ficou vai valer mais que os 32% que a gente vendeu”.

Vale lembrar que a relação base de ativos-valor diz respeito ao valor da empresa sobre a base de ativos regulatória (EV/RAB), indicador utilizado para avaliar a relação entre o valor da companhia e seus ativos regulatórios.

O índice serve para que investidores e analistas entendam melhor o potencial de crescimento e valorização das ações desse setor.

Segundo estimativas do mercado, porém, a Sabesp vem sendo negociada a um múltiplo próximo de 0,9 vez para 2025.

A privatização da Sabesp

No mês passado, o governo de São Paulo vendeu, por R$ 14,7 bilhões, 32% das ações da Sabesp, e passou a deter 18,3% da empresa – antes do processo de privatização, essa porcentagem era de 50,3%.   

Dos 32% das ações vendidas pelo governo, 15% foram compradas por R$ 6,9 bilhões pela Equatorial (EQTL3). 

O restante das ações (17%) foi vendido a pessoas físicas, jurídicas e funcionários da companhia, o que rendeu mais R$ 7,8 bilhões ao governo paulista.  O preço de cada ação foi de R$ 67.

A conta de água ficará mais barata?

Tarcísio afirmou que os custos dos serviços de água e esgoto para o consumidor vão baixar por causa do fundo que subsidiará as tarifas com recursos da venda da empresa.

“A tarifa da Sabesp privada sempre vai ser menor do que a tarifa da Sabesp pública”, disse.

O governador afirmou também que os representantes do governo estadual no Conselho da empresa terão perfil técnico.

“Uma coisa que o acordo de acionistas trouxe: uma blindagem para a escolha de conselheiros. Vai ser requerido experiência no setor de utilities”, disse.

“Para ocupar uma cadeira no Conselho, e as indicações do Estado terão esse perfil, é necessário que tenha 5 anos de experiência no setor de utilities”, declarou Tarcísio.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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