Setor de capitalização supera a marca de R$ 40 bilhões em reservas técnicas
O setor de capitalização superou a marca de R$ 40 bilhões em reservas técnicas, segundo dados mais recentes divulgados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). E a expectativa para os próximos três anos é positiva, conforme o presidente da FenaCap (Federação Nacional de Capitalização), Denis Moraes.
Segundo o estudo ‘Estimativa de Potencial de Mercado’, desenvolvido pela entidade, considerando propostas apresentadas no PDMS (Plano de Desenvolvimento do Mercado Segurador) e a nova legislação que permite o uso de títulos de capitalização como garantia em obras públicas e licitações, o setor deve chegar a uma arrecadação de R$ 91 bilhões em 2028, três vezes superior à atual. Em resgates, a previsão é pagar R$ 69 bilhões e, em sorteios, R$ 5,8 bilhões.
Ainda de acordo com o estudo, considerando a projeção de crescimento das arrecadações e dos resgates, a possibilidade é de que as reservas técnicas alcancem R$ 111,4 bilhões, também em 2028.
“Conhecer a realidade e fazer estimativas para o setor é algo relevante, pois permite idealizar e construir novos negócios para o mercado de capitalização. Com esses dados em mãos, as associadas podem elaborar e implementar suas estratégias de crescimento, que levarão a este horizonte promissor”, disse o presidente da FenaCap.
Até julho
Nos primeiros sete meses deste ano, a arrecadação do setor alcançou R$ 17,89 bilhões, um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior.
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Os resgates pagos à sociedade totalizaram R$ 14,16 bilhões, refletindo um crescimento de 13,5%, enquanto os sorteios somaram R$ 1,06 bilhão, um incremento de 21,3%.
Os títulos de capitalização da modalidade tradicional seguem tendência de alta: R$ 12,98 bilhões em arrecadação, seguidos pela filantropia premiável, com R$ 2,36 bilhões e com repasse de R$ 1,1 bilhão a entidades filantrópicas no período, aumento de 29,5%, se comparado a 2023.
O instrumento de garantia apresentou resultado de R$ 1,87 bilhão. Esta é uma opção para clientes que buscam, por exemplo, uma alternativa à figura do fiador, ao negociar o aluguel de um imóvel ou até na contratação de serviços, como pintura, obras, serviços jurídicos.