Em pregão marcado por estabilidade, Ibovespa mantém 130 mil pontos e dólar volta a fechar em R$ 5,76
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Com o recuo das ações de Vale e Petrobras e sem novidades no front fiscal, o Ibovespa não conseguiu manter-se no campo positivo e encerrou a sessão em estabilidade, com queda de 0,07%, aos 130.639 pontos.
Na mínima diária, o índice chegou a bater os 130.473 pontos, alcançando os 131.027 pontos, na máxima do dia.
Ibovespa hoje
As ações da Vale fecharam o dia em queda de 0,30%, a R$ 62,47.
Já as ações PN da Petrobras recuaram 0,44%, a R$ 35,85, e as ON caíram 0,87%, a R$ 38,88.
Depois de divulgar o balanço do terceiro trimestre, os papéis da Weg foram duramente penalizados e contraíram 5,16%, a R$ 54,00, respondendo pela maior desvalorização do Ibovespa.
Na seara fiscal, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que houve entendimento com a Casa Civil sobre as medidas de corte de despesas, mas não confirmou quais serão elas.
Já Simone Tebet, ministra do Planejamento, afirmou que o corte é o primeiro pacote estrutural, mas que outros virão.
O volume financeiro no índice foi de R$ 12,8 bilhões e de R$ 17,0 bilhões na B3.
Dólar hoje
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O dólar comercial encerrou a sessão desta quarta-feira rondando a estabilidade.
A dinâmica se descolou do observado nos outros três mercados mais líquidos da América Latina.
Perto do horário de fechamento do mercado à vista, os pesos mexicano, chileno e colombiano eram as três moedas com pior desempenho frente ao dólar, da relação das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.
A explicação para esse descasamento, segundo operadores, são as sinalizações do governo sobre a seara fiscal, com a convergência entre o Ministério da Fazenda e a Casa Civil.
Ainda que não seja algo concreto, as notícias podem ter ajudado a conter mais uma rodada de depreciação do real.
Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou negociado em alta de 0,04%, cotado a R$ 5,7634, renovando o maior nível desde março de 2021, enquanto o euro comercial avançou 0,45%, a R$ 6,2585.
Já no exterior, o dólar avançava 0,56% ante o peso mexicano, 0,58% contra o peso chileno e 0,41% ante o peso colombiano. O índice DXY, por sua vez, caía 0,23%, aos 104,071 pontos.
Bolsas de Nova York
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As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quarta-feira depois de abrirem em alta sustentadas pelo forte resultado da Alphabet ontem, em dia de cautela de investidores antes das eleições.
Pesou a queda de 32% da Super Micro Computer, depois de sua consultoria pedir desligamento, citando certos riscos.
A empresa de semicondutores ADM também perdeu 10,6% depois de divulgar redução de perspectivas de resultados.
Suporte veio da alta de 2,9% da Alphabet depois de registrar alta de 33% nos lucros.
A Microsoft – que divulgou alta de 11% nos lucros após o fechamento do mercado – fechou o pregão ganhando 0,13%. Meta divulga resultados ainda hoje.
Volatilidade no mercado veio também de dados divulgados hoje.
O relatório de empregos do setor privado ADP divulgou criação de 233 mil novas vagas em outubro, maior resultado desde julho de 2023.
Já a primeira leitura do PIB do terceiro trimestre ficou em 2,8%, abaixo do consenso de 3,1% mas ainda mostrando uma economia bastante resiliente.
No fechamento, o índice Dow Jones caía 0,22% a 42.141,54, o S&P 500 recuava 0,33% a 5.813,67 pontos e Nasdaq perdia 0,56% a 18.607,93, saindo do recorde obtido ontem.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram o dia em queda expressiva, com os investidores avaliando dados econômicos da zona do euro e o orçamento no Reino Unido, com a temporada de balanços no radar.
O índice Stoxx 600 fechou em queda de 1,23%, a 511,62 pontos.
O DAX de Frankfurt recuou 1,13% a 19.257,34 pontos.
O FTSE, da bolsa de Londres, caiu de 0,73%, para 8.159,63 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, perdeu 1,10%, para 7.428,36 pontos.
Os dados mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,4% no terceiro trimestre em base trimestral, acelerando após a alta de 0,2% do trimestre anterior.
Na Alemanha, a inflação acelerou para 2% em outubro, de 1,6% em setembro.
“Com o crescimento do PIB da zona do euro no terceiro trimestre sendo maior do que as projeções do Banco Central Europeu (BCE) e agora a inflação na Alemanha acelerando novamente, alguns membros do BCE podem começar a duvidar tanto da decisão de corte de taxas de outubro quanto da abertura para cortes de taxas ainda maiores”, diz o ING.
No Reino Unido, o governo apresentou seu orçamento e revelou planos para aumentar impostos e tomar bilhões emprestados para financiar investimentos.
Os investidores apostam que o Banco da Inglaterra (BoE) agora agirá com mais cautela para cortar as taxas de juros.
Com informações do Valor Econômico