pesquisa mostra os Estados mais caros e mais baratos para se viver  

Os Estados Unidos são o principal destino dos brasileiros que decidem morar no exterior, segundo dados do Itamaraty. Em 2023, a comunidade brasileira nos EUA somava 2,08 milhões de pessoas, vivendo em sua maioria em Nova York, Boston e Miami.

Entretanto, essas cidades podem não ser a melhor escolha. O último relatório de custo de vida da Doxo, empresa americana de pagamento de contas, indica que Nova York e Boston estão em alguns dos estados com o custo de vida mais caro do país: Nova York e Massachusetts. A Flórida, onde fica Miami, é considerada um estado intermediário: não é o mais caro, mas também não está entre os mais baratos.

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Roberto Spighel, CEO da Morar EUA, consultoria de imigração e moradia, afirma que o custo de vida é um dos principais fatores a serem avaliados na hora de escolher o estado americano em que se pretende viver.

“Mais do que apenas escolher a cidade dos sonhos, é preciso considerar as suas condições orçamentárias e o nível de acessibilidade financeira em cada região para não ser pego desprevenido e correr o risco de não ser bem-sucedido na mudança”, diz Spighel.

Para classificar os 50 estados americanos, a Doxo se concentrou nas dez categorias de contas domésticas mais comuns no país. São elas:

• Hipoteca
• Aluguel
• Financiamento de automóveis
• Seguro de veículos
• Serviços básicos (energia, gás, água)
• Internet e TV a cabo
• Telefonia móvel
• Seguro de saúde
• Seguro de vida
• Alarme e segurança doméstica 

O levantamento de 2024, que consolida todas essas contas, verificou que o gasto anual de uma família de classe média com essas despesas é de US$ 25.512 (R$ 145.326,56 – na cotação atual do dólar, de R$ 5,70), cerca de US$ 2.126 (R$ 12.110,55) por mês.

Segundo o relatório, esses custos equivalem a 34% da renda média familiar dos EUA, que está avaliada em US$ 74.755 (R$ 425.834,38) anuais — ou US$ 6.230 (R$ 35.488,57) mensais.

Este é um valor médio nacional, que pode variar muito entre os estados do país. Segundo a Doxo, as despesas do estado mais caro são quase o dobro do verificado no estado mais barato.

Na parte continental dos EUA, a Virgínia Ocidental aparece como o estado mais barato, com um custo mensal de US$ 1.596 (R$ 9.091,45), enquanto a Califórnia é o estado mais caro, com despesas mensais de US$ 3.010 (R$ 17.146,16).

As contas domésticas na Virgínia Ocidental são 25% mais baixas do que a média dos EUA. Com um custo mensal de US$ 1.596 (R$ 9.091,45) para uma família média, a diferença equivale a uma economia anual de US$ 6.360 (R$ 36.230), segundo o relatório.  

Na sequência aparece o Mississippi, com uma despesa média mensal com contas de US$ 1.719 (R$ 9.792,11), um valor 19% abaixo da média do país, que representa uma economia anual de US$ 4.887 (R$ 27.838,30).

Em terceiro lugar está o Arkansas, com uma média de custo de vida de US$ 1.762 (R$ 10.037), cerca de 17% menor do que a média do país. A economia anual com essa diferença pode chegar a US$ 4.371 (R$ 24.899), segundo a Doxo.

O estado que aparece como o mais caro no levantamento da Doxo é o Havaí, um arquipélago que pertence aos Estados Unidos. As despesas mensais por lá chegam a US$ 3.091 (R$ 17.607,57), em média, um valor 45% maior do que a média nacional, o que significa US$ 11.578 (R$ 65.952,92) a mais por ano.

O segundo lugar mais caro é a Califórnia, com um custo de vida de US$ 3.010 (R$ 17.146,16), 42% maior do que a média do país e US$ 10.603 (R$ 60.398,93) mais caro no ano.

Na sequência está Massachusetts — para a tristeza de quem vive em Boston. As despesas no estado estão, em média, 33% acima dos custos nacionais, somando US$ 2.817 (R$ 16.046,76) mensais e aumentando os gastos em US$ 8.294 (R$ 47.245,94) no ano.