Saiba o que busca o governo Lula com estatal aeroespacial
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Marcos Antonio Amaro dos Santos, afirmou que o projeto de lei que estabelece a criação da estatal Alada tem a única finalidade de explorar e potencializar as capacidades do Brasil no setor espacial.
A criação da Alada faz parte do plano militar da Aeronáutica de transformar a base de Alcântara, no Maranhão, em um polo de lançamento de foguetes. De acordo com o ministro, a empresa teria também outras atividades além da exploração de centros de lançamento.
“O Brasil hoje tem um setor que ainda está com bastante dificuldade para evoluir. E realmente parece que tem muito potencial especialmente no lançamento de foguetes. Principalmente pela localização da base de Alcântara e Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte. Então tem capacidade de evoluir muito com a criação dessa empresa”, disse.
Setor espacial brasileiros
Questionado sobre a possibilidade da política externa influenciar a empresa, Santos avaliou que são coisas distintas e que não têm relação. Segundo ele, a Alada está sendo criada com a finalidade de explorar as capacidades e potencialidades do Brasil no setor espacial. E não para resolver situações diplomáticas.
As declarações foram dadas a jornalistas durante as atividades do Exército Guardião Cibernético 6.0. A simulação tem foco na proteção de dados e sistemas críticos, reunindo representantes de agências de segurança e empresas estratégicas para simular ataques cibernéticos, com o objetivo de melhorar a capacidade de resposta e fortalecer a infraestrutura digital do país.
De acordo com o Exército brasileiro, esse tipo de atividade está previsto no Plano Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas, como são chamadas as empresas que oferecem serviços básicos à sociedade, e tem o objetivo de ampliar a capacidade operacional das Forças Armadas.
Além de tratar sobre a Alada, o ministro também esclareceu que o Grupo de Trabalho que trata sobre segurança cibernética e é composto por agentes do governo, agências reguladoras e sociedade civil deve apresentar a proposta de criação de um órgão de governança cibernética ao Comitê de Nacional ainda no começo de 2025.
Com informações do Valor Econômico