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CSN (CSNA3) quer vender até 11% da CSN Mineração (CMIN3) — e já tem pretendente interessado na fatia

Ainda em busca de reduzir o peso do endividamento no balanço, a CSN (CSNA3) anunciou na manhã desta quarta-feira (16) que quer vender até 11% da CSN Mineração (CMIN3) — e já tem pretendente interessado na fatia.

A siderúrgica assinou uma proposta não vinculante para a venda da participação societária minoritária para a japonesa Itochu Corporation.

A CSN não revelou os termos da proposta. Mas a participação na mineradora vale aproximadamente R$ 3,59 bilhões, considerando a cotação do último fechamento, de R$ 5,95 a ação CMIN3.

Vale destacar que a Itochu já é a segunda maior acionista da CSN Mineração, atrás apenas da controladora, com uma fatia de 9,26%. 

Além da CSN e do grupo japonês, a sul-coreana Posco e a China Steel Corporation são sócias da mineradora, com fatias de 1,86% e 0,41%, respectivamente.

Segundo comunicado enviado à CVM, a governança e estrutura de controle da mineradora não serão afetadas. Os termos finais da transação ainda estão sujeitos à celebração dos documentos definitivos de contrato.

A conclusão da potencial operação também dependerá da aprovação prévia das duas empresas, além de condições como o aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). 

As ações tiveram reações mistas às notícias. Por volta das 11h35, os papéis CSNA3 subiam 0,77%, enquanto CMIN3 tinha leve queda de 0,17% no mesmo horário.

No ano, a siderúrgica e a mineradora ainda acumulam perdas da ordem de 36% e 20% na B3, respectivamente.

CSN (CSNA3) em busca da desalavancagem

A CSN (CSNA3) já vinha prometendo um acordo para ajudar a levantar capital e reduzir o endividamento nos últimos trimestres. 

No fim do segundo trimestre, a dívida líquida consolidada da siderúrgica chegou a R$ 37 bilhões, com a alavancagem a 3,36 vezes a relação entre endividamento líquido e Ebitda dos últimos 12 meses.

O indicador foi impactado pela variação cambial nas dívidas em dólar, que acabou mais do que compensando a melhora operacional no período. 

“Mesmo com esse impacto não projetado, a companhia segue firme em seu compromisso de reduzir o seu nível de endividamento e está avançando em projetos que ajudem na reciclagem de capital do grupo”, afirmou a empresa, no balanço. 

Na época, a empresa também manteve a política de carregar um caixa elevado, que chegou a R$ 16,5 bilhões entre abril e junho.

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