Mercado financeiro

Dólar opera em queda após Haddad falar sobre revisão do IR

O dólar opera em queda nesta segunda-feira (14) após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele afirmou, entre outras coisas, que não deve entregar o texto da segunda parte da reforma tributária neste ano. Muito provavelmente o fará no ano que vem. O movimento foi bem recebido pelo mercado.

“Não sei se será possível a entrega do programa neste ano, até porque nós estamos com o calendário apertado e com tarefas inconclusas”, afirmou o ministro da Fazenda.

Haddad participou nesta segunda-feira de evento organizado pelo Itaú BBA para investidores na cidade de São Paulo, o Macro Vision 2024.

Comportamento do dólar após Haddad falar

Dessa forma, após o evento, o dólar passou a operar em queda. A divisa norte-americana era negociada em queda de 0,62% e era cotada a R$ 5,579. Isso por volta das 13h30.

As declarações do ministro foram bem recebidas. Principalmente porque pairava sobre o mercado uma dúvida a respeito do teor das propostas.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que o governo estudava a criação de um imposto mínimo para milionários. A medida, afirmou o jornal, estaria sob análise do presidente Lula.

A ideia por trás da ação seria criar um gerador de receita capaz de tornar neutra uma eventual reforma do Imposto de Renda.

Correção do IR é promessa de campanha

A pedido de Lula, a Fazenda estuda uma contrapartida para bancar o aumento pretendido para R$ 5 mil na faixa de isenção do Imposto de Renda das pessoas físicas (IRPF).

Assim, a correção da tabela é uma promessa de campanha do presidente Lula. O valor atual da faixa de isenção é de dois salários mínimos (R$ 2.824).

Dessa maneira, mas sem citar diretamente a proposta, Fernando Haddad falou nesta segunda-feira sobre estudos da pasta que ‘vazaram’ para o público.

“Nós estamos numa fase que se às vezes vaza um documento, a pessoa acha que aquele documento que vazou é a proposta da Fazenda. Isso será um equívoco. Porque essa proposta não está configurada”, afirmou.

“O que nós estamos nesse momento é em uma espécie de ida ao Palácio do Planalto para apresentar para o presidente as variáveis que podem ser alteradas para melhor. Na minha opinião, esses estudos não vão ficar prontos em poucas semanas”, destacou.

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