O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (EUA) avalia possíveis sanções contra a Alphabet (GOOG, GOOGL), empresa dona do Google. As ações punitivas poderiam forçar a dissolução da empresa e desmantelar o domínio do gigante da tecnologia no mercado de buscas online.
Há aproximadamente cinco anos, o governo dos EUA começou uma ampla investigação sobre as maiores empresas de tecnologia do país.
Assim, o Google é a primeira das ‘Big Techs’ dos EUA a chegar a um tribunal federal. Contra o gigante da busca online e da publicidade digital pesam acusações de práticas anticompetitivas e monopólio de mercado.
Google violou regras antitruste?
Em agosto, o juiz Amit Mehta do Tribunal Distrital de Columbia, em Washington, declarou que o Google violou regras antitruste federais para manter seu monopólio no mercado de busca online.
No documento em que explica a sua decisão (Memorandum Opinion, em inglês), a Inteligência Financeira constatou que o juiz Mehta usa a palavra ‘monopólio’ para se referir às práticas do Google 112 vezes, ao longo das 51 páginas do documento.
Após a decisão de agosto, analistas que acompanham o caso viram na decisão do juiz federal uma reviravolta de proporções sísmicas, que podem afetar toda a indústria de tecnologia.
Por que é importante?
A decisão é a prova de que a atual lei antitruste dos EUA pode ser aplicada com sucesso às empresas online. Além disso, o caso indica que fatores além do preço para o cliente podem convencer um juiz de que uma empresa agiu de forma monopolista.
O juiz Mehta disse na decisão de agosto que o Google abusou de sua posição para permanecer no topo.
“O Google é um monopolista e agiu como tal para manter seu monopólio”, escreveu Mehta.
É a maior decisão antitruste em tecnologia desde o caso da Microsoft na década de 1990.
