Boeing congela contratações e aumento de salários durante greve
A Boeing anunciou o congelamento de contratações e adiamento de aumentos salariais para sua força de trabalho.
Isso enquanto a empresa lida com as consequências financeiras de uma greve iniciada na sexta-feira (13) por seu maior sindicato.
Assim, a fabricante americana anunciou as medidas de contenção de custos em um memorando para os funcionários.
Também disse que também reduziria os pedidos a fornecedores para seus jatos 737, 767 e 777.
Finalmente, o comunicado menciona que a Boeing considera colocar funcionários e executivos sob licença.
Custo da greve é estimado em US$ 500 mi por semana
Uma greve pode custar à fabricante cerca de US$ 500 milhões por semana, segundo estimativas de analistas.
As operações da empresa já estavam consumindo cerca de US$ 1 bilhão por mês antes da greve e agências de classificação de crédito alertam que podem rebaixar as notas da Boeing.
“Esta greve coloca em risco nossa recuperação de maneira significativa e devemos tomar as ações necessárias para preservar o caixa e proteger nosso futuro”, disse o diretor financeiro da Boeing, Brian West, em um memorando nesta segunda-feira (16).
Entenda a crise atual
O sindicato que representa cerca de 33 mil funcionários entrou em greve na sexta-feira.
Isso aconteceu após a rejeição de um acordo trabalhista de quatro anos acertado entre os líderes sindicais e os executivos da Boeing.
Os executivos da Boeing citaram o tamanho da dívida e problemas operacionais contínuos em apelos aos trabalhadores antes da votação do contrato na quinta-feira.
Os líderes sindicais, que aprovaram por unanimidade o contrato rejeitado pela base, estão conversando com os membros.
A intenção é determinar as prioridades enquanto se preparam para reiniciar as negociações com a empresa.
“Nossa confiança irradia de cada linha de piquete enquanto tomamos controle de nosso futuro”, disse o comitê de negociação do sindicato em uma nota aos membros. “Estamos prontos para uma longa jornada.”
Entre as outras mudanças anunciadas na segunda-feira, a empresa eliminou todas as viagens aéreas em primeira classe e classe executiva, inclusive para os executivos.
No entanto, também pausou gastos com consultores externos e liberando temporariamente contratados não essenciais.
Há pouco, as ações da Boeing caíam 0,90% na Bolsa de Nova York (Nyse).
Com informações do Valor Econômico