5 passos para lidar com o estresse financeiro
Você sofre ou já sofreu de estresse financeiro? O termo, aliás, é recente. No entanto, na prática ele é bem conhecido. E eu compreendi isso no dia a dia, quando ainda estava no ambiente corporativo, pois era comum as queixas dos gestores de diversas áreas sobre a mudança de comportamento e queda da produtividade dos colaboradores.
Diante disso, o passo foi observar e pesquisar, junto ao setor de Recursos Humanos (RH), de que os colaboradores que apresentavam queda de produtividade tinham alguns pontos em comum, sendo o principal: o alto grau de endividamento, que hoje entendemos como estresse financeiro.
Mas o que é estresse financeiro?
De acordo com o Financial Health Institute, estresse financeiro pode ser definido como “uma condição resultante de eventos financeiro e econômicos que criam ansiedade, preocupação ou sensação de escassez, sendo acompanhada por uma resposta fisiológica ao estresse”.
Desse modo, vale saber que as causas do estresse financeiro são as mais diversas. Já as principais motivações são: perda de rendimento, seja por desemprego; redução de salário ou do faturamento, que pode gerar desorganização financeira.
Além das causas citadas anteriormente, a desorganização financeira pode acontecer por consumismo ou por imprevistos financeiros. E aí, o que pode causar? O endividamento. Sem esquecer que também é bastante comum o estresse financeiro pela ansiedade em relação aos investimentos.
Como solucionar o estresse financeiro?
Como podemos ver, o estresse financeiro é um problema bastante complexo e não há uma única solução. Por isso, é essencial entender suas causas. Afinal de contas, as pessoas afetadas podem desenvolver transtornos de ansiedade, problemas de sono e dificuldades nos relacionamentos, o que gera afastamento emocional e até separações e divórcios e, têm 4 vezes mais chances de desenvolver depressão.
Viu só que o estresse financeiro é coisa sério. Por isso, não tratar o problema pode causar risco à qualidade de vida e à saúde. E mesmo que não exista uma única solução, invariavelmente os caminhos passam por reconhecer o problema e pedir ajuda.
Tratar o estresse financeiro é preciso
Chamo a atenção para um ponto importante: pedir ajuda não significa apenas pedir dinheiro emprestado para o banco, família ou amigos, se são mantidos os mesmos hábitos danosos.
É importante entender que, no caso do estresse financeiro, mais dinheiro pode ser apenas um remédio temporário, que vai tratar o sintoma, mas não a causa.
Assim, a melhor maneira de tratar a causa se dá por meio da educação financeira, que são conhecimentos sobre finanças e pela inteligência financeira, que são os conhecimentos adquiridos sobre finanças quando colocados em prática.
Acesse o artigo “Há diferença entre educação financeira e inteligência financeira?”, para entender melhor a diferença entre educação e inteligência financeira.
Pensando em ajudar você, separei cinco dicas práticas para lidar com o estresse financeiro. Veja só@
1. Crie um planejamento financeiro
Organize suas finanças para reduzir a sensação de incerteza, que gera estresse. Comece listando seus rendimentos e gastos. Baixe e utilize a Planilha de Controle Financeiro da Inteligência Financeira, por exemplo, que vai lhe ajudar a entender como está a sua vida financeira.
2. Priorize seu consumo
Identifique seus gastos essenciais e os priorize. Corte gastos desnecessários. Sempre há uma assinatura de streaming que você não usa, a fatura do celular ou de internet com velocidade ou capacidade muito maior do que a utilizada e etc.
3. Estabeleça metas financeiras
Definir metas nos dá foco e direção. Como diz o ditado: “qualquer caminho serve para quem não sabe onde quer chegar”. Ademais, quando metas financeiras estão estabelecidas, é possível criar um plano detalhado para alcançá-las. Isso inclui determinar quanto economizar, investir e quais gastos precisam ser ajustados para atingir o objetivo desejado.
4. Construa uma reserva de emergência
Ter esse montante separado reduz a ansiedade, pois ajuda a lidar com imprevistos sem comprometer o orçamento mensal. O ideal é que a reserva cubra o equivalente de seis meses a um ano de seus gastos em caso de você ficar sem renda. Veja mais dicas no artigo “Reserva de emergência: por onde começar? E onde investir?
5. Busque conhecimentos sobre educação financeira
Explore o conteúdo da Inteligência Financeira. Também há diversos cursos e até programas de mentorias gratuitas sobre o tema. Minha dica é começar em casa: naturalizando a fala sobre dinheiro, principalmente na família, envolvendo todos os membros no planejamento financeiro.
Posto isso, saliento que é de extrema importância compreender que o impacto do estresse financeiro vai além das finanças, afetando profundamente o bem-estar mental e emocional, tornando-se um ciclo difícil de quebrar sem estratégias adequadas.
Então, ratifico: reconheça que há um problema. Afinal de contas, identificar suas capacidades financeiras e buscar ajustar seu estilo de vida e seus hábitos de consumo de acordo com a sua realidade financeira pode ajudar a diminuir a pressão e as expectativas irreais.
Bem… eu acredito que todos que não nasceram herdeiros já passaram em algum momento da vida por estresse financeiro. O que é normal. Entretanto, o que não é normal é viver continuamente em estresse financeiro.
Lembre-se: todo problema tem solução!
Até o próximo artigo!