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Ibovespa ainda está ‘barato’, analisa BofA

As ações brasileiras ainda têm níveis de preços abaixo da média histórica, mesmo após o recente rali.

Essa é a conclusão do Bank of America em relatório desta sexta-feira (30).

Nas contas do banco, o Ibovespa, principal índice da B3, é negociado com 9% de desconto em relação à média histórica, em dólar.

Há cerca de dois meses, essa mesma conta apontava defasagem de 19% abaixo da média.

Ou seja: nas contas do banco houve aumento de 10 pontos percentuais do índice no período.

Portanto, é um número próximo dos 11,2% de alta do indicador desde o fim de maio, segundo os números da B3.

A diferença deve-se ao fato de que o BofA considera a variação em dólar e exclui da conta ações de empresas ligadas à commodities, como Petrobras e Vale, que acompanham mais de perto variações do mercado internacional.

“As avaliações (das ações) na América Latina continuam descontadas”, diz o relatório.

Essa escalada mais recente do Ibovespa veio na esteira de grandes entradas de recursos de investidores estrangeiros.

Só em agosto, as compras de ações na B3 pelos não residentes superaram as vendas em R$ 14 bilhões, segundo o BofA.

Em julho, a entrada líquida de recursos dessa mesma classes de investidores fora de R$ 13 bilhões.

Ainda assim, no acumulado de 2024, o fluxo estrangeiro para a bolsa brasileira segue negativo em R$ 21 bilhões.

Alta adicional do Ibovespa depende de novos gatilhos

Para o BofA, a sequência do rali do Ibovespa depende de novos gatilhos.

Nesse sentido, uma “aterrisagem suave da economia dos Estados Unidos” pode ser esse estímulo.

Nas últimas semanas, participantes do mercado ampliaram as expectativas de corte na taxa básica norte-americana de juros, hoje na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano, maior nível em mais de duas décadas, em meio aos esforços do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) para conter a inflação alta.

Na semana passada, após dados mostrarem desaceleração da inflação e da atividade econômica, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que “chegou a hora”, indicando que o corte de juros está perto.

Assim, a previsão do mercado é de que isso pode começar a acontecer já na próxima reunião do Fed, nos dias 17 e 18 de setembro.

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