Economia

não há erro grave do governo na questão fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (20/8) que o país ainda está sob uma política monetária “bastante restritiva com a atual taxa de juros”, atualmente fixada em 10,50% ao ano. O ministro participa do evento Macro Day, do BTG.

De acordo com Haddad, “falando por hipótese”, se o BC “apertar demais o monetário em um momento no qual você pode ter uma turbulência externa, momentânea, e não está olhando para a inflação do final de 2025, começo de 2026, você pode abortar um processo virtuoso de combate à inflação pelo lado da oferta”.

De acordo com o Boletim Focus, divulgado na segunda (20), o panorama para a inflação para 2024, medido pelo IPCA, mostrou viés de alta, de 4,20% para 4,22%. Porém, houve uma nova baixa na perspectiva para a inflação em 2025: de 3,97% para 3,91%.

Lembrando que a meta de inflação perseguida pelo BC é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

“Estamos começando a ver formação bruta de capital no país. De repente você erra na dose (dos juros), aborta esse processo de ampliação da capacidade instalada, vai ter problema inflacionário também”, disse Haddad durante participação em evento do BTG.

De acordo com o ministro, “o Banco Central tem que olhar para a curva de demanda e de oferta também, e o fiscal tem que ajudar”.

‘Fiscal interessa, mas precisamos ver o todo’

Haddad disse ainda que há uma preocupação exagerada no Brasil com a questão fiscal.

“Fiscal interessa, mas precisamos ver o todo.”

A fala do ministro aconteceu quando ele comparou o debate fiscal que acontece nos Estados Unidos com o daqui do Brasil.

Haddad avaliou que há uma preocupação até menor do que deveria nos Estados Unidos, enquanto haveria um “exagero aqui”.

“Não vejo diagnóstico que aponte erro grave [do governo na questão fiscal]”, defendeu o ministro. Ele citou que a questão tributária, às vezes pouco observada pelos analistas de mercado, é um problema que “está no topo da nossa prioridade”.

Haddad disse ainda que “não tem como fiscal [neste ano] não ser muito melhor do que em 2023, aconteça o que acontecer”. Ele citou dados de crédito e do setor de construção para embasar a afirmativa.

Com informações do Valor Econômico.

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