Ibovespa hoje (19/08) caminha para fechamento recorde
O Ibovespa se firma acima dos 135 mil pontos nesta segunda-feira, apoiado por ações da Vale e do setor bancário. Em meio à queda dos juros de longo prazo, papéis de companhias ligadas à dinâmica da economia doméstica também impulsionam o índice, que renovou a máxima história intradiária ainda durante a manhã.
Investidores repercutem ainda as declarações do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, e a queda na mediana das projeções do IPCA 2025, apontada no Boletim Focus.
Por volta das 13h15, o Ibovespa subia 1,21%, aos 135.575 pontos. A mínima intradiária foi de 133.953 pontos, enquanto a máxima alcançou os 135.650 pontos, novo recorde. O volume financeiro projetado para o índice no dia era de R$ 18,55 bilhões.
Maior valor do Ibovespa
Ainda pela manhã o Ibovespa renovou a máxima histórica de um único dia, conquistado na quinta-feira passada e, se continuar neste ritmo, deve alcançar hoje um novo recorde de fechamento. Os papéis ordinários da Vale (VALE3), companhia de maior peso no índice, avançam 2,05%, em meio à alta do preço do minério de ferro em Dalian.
O setor bancário também registra alta firme, com Bradesco (BBDC4) ganhando 4,81%, após Goldman Sachs elevar a recomendação para compra do papel, devido à recuperação cíclica e aos primeiros sinais de melhora estrutural da companhia. Banco do Brasil (BBAS3) sobe 2,08%.
Disparada de Petz e Magalu
As ações mais sensíveis às taxas de juros lideram as altas na sessão, com destaque para as varejistas Petz ON, que sobe 16,18%, após firmar a fusão com a Cobasi.
Em relatório enviado a clientes, o Banco Safra avalia que a dinâmica de vendas emmarketplace no segundo trimestre permaneceu positiva e houve uma melhoria na rentabilidade das empresas mais expostas ao seu próprio e-commerce e varejo físico, como Magazine Luiza, que avança 9,86% na sessão.
A retirada de prêmios de risco ocorre em um momento em que as expectativas de inflação de médio prazo começam a dar sinais de alívio. O Boletim Focus apontou uma queda na mediana das projeções para o IPCA de 2025 de 3,97% para 3,91%, em um contexto que também contempla um aumento das projeções para a Selic, após o tom mais duro de dirigentes do Banco Central.
Efeito Galípolo
Hoje, Gabriel Galípolo, cotado para assumir o comando do BC, seguiu em um tom conservador, o que ajuda na percepção de que a autarquia não será leniente com a inflação mais alta no futuro.
Segundo um operador, “depois da alta recente do mercado, agora as ações que ficaram para trás estão sendo mais acompanhadas”.
Com informações do Valor Econômico