empresa quer 12 anos e meio para devolver dinheiro
A startup de viagens 123milhas apresentou nesta quinta-feira (26) o plano de recuperação judicial, num processo que envolve mais de 800 mil credores.
O documento, protocolado na Justiça de Minas Gerais (TJSP), oferece três condições para o ressarcimento das passagens compradas pelos consumidores e não entregues.
No principal cenário, em que a empresa se compromete a devolver o valor integral da dívida, a 123milhas sugere a devolução do dinheiro dos clientes em 12 prestações semestrais. O plano de pagamento iniciaria apenas 6 anos e meio após a homologação do acordo na Justiça.
Ou seja, nesse caso, se os credores aceitarem a proposta da startup, quem optar por receber o valor integral da dívida vai demorar ainda 12 anos e meio para rever os valores.
123milhas quer dar cashback para novas compras
Ainda nessa opção principal, a empresa sugere o pagamento de cashback de no mínimo 4% na compra de novas passagens aéreas, hospedagens ou intermediando milhas.
“O cashback (desconto para compras futuras, em forma de crédito ou salto para uso em produtos e serviços do Grupo 123) será pago na conta corrente cadastrada do credor”, aponta o plano.
Numa outra opção, a empresa oferece deságio de 40% sobre o valor total a receber. Assim, o pagamento começaria 1 ano e meio após a homologação do plano. Mas os valores também obedeceriam a dinâmica de 12 parcelas semestrais.
De acordo com o plano, essa opção se limitaria a até R$ 80 milhões. “Caso o limite seja excedido, os credores terão o pagamento rateado proporcionalmente.” O crédito excedente, afirma o documento, será de acordo com primeira opção, então de 12 anos e meio para a quitação.
Teto da 123milhas
Por fim, o plano de recuperação judicial da 123milhas sugere uma opção de pagamento de até R$ 450. Seria feito em 10 parcelas semestrais, começando dois anos e meio após a homologação do plano. A opção estaria limitada a R$ 120 milhões.
Para os ex-colaboradores da 123milhas o plano oferece pagamento integral em 12 parcelas mensais iguais, corrigidas pelo IPCA, a partir da homologação do acordo.
Próximos passos
Ainda não há data ou o formato para a assembleia, onde os credores aprovam ou não o plano e informam a opção para o recebimento dos valores. Mas segundo a empresa, a agenda terá uma definição “em conjunto com as autoridades competentes”.
“O Grupo 123 manterá todos os credores informados sobre o plano de recuperação judicial e demais detalhes do processo”, diz a empresa.
Para acompanhar os detalhes sobre o plano de recuperação judicial da empresa há um site com as atualizações. Para acessar, clique aqui.