Após um longo inverno, as ofertas de ações na bolsa brasileira prometem iniciar 2025 dando sinais de atividade. A responsável por tentar reacender o mercado é a Caixa Seguridade (CXSE3).
A holding que reúne as participações em seguros da Caixa Econômica Federal anunciou a seleção dos bancos que vão coordenar a oferta de ações da companhia.
Assim, os responsáveis pela operação serão: Itaú BBA, BTG Pactual, Bank of America Merrill Lynch e UBS BB, além da própria Caixa Econômica Federal.
A operação será secundária, ou seja, haverá apenas a venda de ações que pertencem aos atuais acionistas. Com 82,75% do capital, a Caixa vai reduzir a participação na holding, mas sem perder o controle, e embolsar os recursos.
Mas vale lembrar que a realização da oferta de ações ainda dependerá das condições de mercado — que atualmente não andam das melhores, diga-se de passagem.
Os números da Caixa Seguridade (CXSE3)
Se há uma empresa capaz de superar o cenário difícil do mercado de capitais como um todo, essa empresa é a Caixa Seguridade. Afinal, o setor de seguros é um dos poucos na bolsa que se beneficiam da alta da taxa básica de juros (Selic).
Sem falar que a empresa vive um bom momento. No terceiro trimestre de 2024, a holding registrou lucro líquido gerencial de R$ 1 bilhão. Trata-se de um recorde para o período e um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Caixa Seguridade também tem um atrativo adicional para os investidores em busca de dividendos. Apenas no terceiro trimestre, a companhia anunciou a distribuição de R$ 930 milhões, o que representa 92,5% do lucro líquido.
Por fim, a oferta de ações vai ampliar a liquidez das ações da Caixa Seguridade (CXSE3). Isso porque o percentual de papéis em circulação da holding hoje é de apenas 17,25%. Abaixo, portanto, do mínimo de 25% das regras do Novo Mercado da B3.
Um dos objetivos da oferta de ações inclusive é adequar a empresa às normas do segmento de listagem de empresas com práticas mais rigorosas de governança corporativa.
O valor de mercado da Caixa Seguridade é da ordem de R$ 45 bilhões. No ano, as ações da companhia acumulam alta de pouco mais de 15%, bem superior ao desempenho do Ibovespa, que cai 10% em 2024.
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