o que esperar do maior ativo da B3 agora
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A Vale (VALE3) manteve seu histórico de importante pagadora de dividendos, mas teve uma queda acentuada na bolsa de valores em 2024. Até a tarde da quarta-feira (18), os papéis caíam 22% no ano. Diante disso, as ações da Vale em 2025 podem se recuperar? A perspectiva da Vale é que os dividendos se mantenham atrativos?
Entre especialistas do mercado, o sentimento é majoritariamente positivo com relação ao que vai acontecer com as ações da Vale em 2025, embora haja riscos importantes relacionados à empresa.
Para o Itaú BBA, a VALE3, maior ação da bolsa, é a “favorita no setor de siderurgia e mineração”. A empresa aparece como destaque por conta principalmente do seu valuation atrativo: 32% de potencial de valorização e 3,7x EV/Ebitda para 2025.
Além disso, o BBA vê geração de caixa de 9% FCF de 2025 a 2027.
Dividendos da Vale em 2025: o que virá por aí?
Pensando em dividendos da Vale, a perspectiva da Ativa é que a distribuição regular “continue da mesma forma”, com 30% do EBITDA menos o Capex.
Por outro lado, a perspectiva é que os dividendos extraordinários da Vale (VALE3) “ao longo dos próximos anos sejam um pouco mais baixos. Isso por conta dos pagamentos relacionados a Mariana”. A avaliação é de Ilan Abertman, analista da Ativa.
Nesse sentido, o dividend yield da Vale deve ser de aproximadamente 9% em 2025. A projeção é da Genial. Assim, o valor significa pequena redução em relação aos 11% de 2024.
Isso porque o ano de 2025 terá a maior parte dos desembolsos destinados ao acordo de Mariana, com aproximadamente US$ 2 bilhões a serem pagos, “reduzindo o dividend yield de maneira momentânea”.
O ponto é que a VALE3 espera que a partir de 2031 a Samarco assuma as parcelas dos pagamentos. Assim, até 2030, Vale e BHP devem dividir as parcelas. “Então, isso pode diminuir o valor a ser revertido em dividendo extraordinário da Vale”, explica Abertman, da Ativa, sobre a indenização.
Preço-alvo e recomendação
O Banco do Brasil coloca o preço-alvo das ações da Vale para 2025 em R$ 74. Assim, o upside está perto de 25%, abaixo apenas da Usiminas no setor, que tem potencial de avanço de cerca de 40%.
O Itaú BBA prevê alta superior a 30% para os ADRs da Vale nos Estados Unidos, com o certificado batendo US$ 13 dólares ao final de 2025. É o mesmo valor esperado pela Genial. Ambos, Itaú BBA e Genial, recomendam compra do papel.