A presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) de Cleveland, Beth Hammack, disse nesta sexta-feira (20), em comunicado, que apesar da economia estar em uma boa posição, ainda há trabalho a fazer no combate a inflação. Nesse sentido, seria importante manter o foco no retorno da inflação para a meta do Fed de 2% em tempo hábil.
Hammack foi o único membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) a voltar contra a redução de juros em 0,25 ponto percentual efetivada na quarta-feira (18) pelo Fed.
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A dirigente se justifica dizendo que estima que a política monetária não está longe de uma postura neutra, então preferiu [votar] para mantê-la estável até que se tenha mais evidências de que a inflação está retomando seu caminho para a meta 2%.
O índice de preços de gastos com consumo (PCE) de novembro ficou em 2,4% e seu núcleo em 2,8%. O PCE – a métrica preferida do Fed – foi divulgado hoje, mais cedo.
“Na minha opinião, manter a meta da taxa de fundos federais entre 4,5% e 4,75% na reunião de dezembro seria a melhor escolha, dada a força dos dados econômicos recentes, condições financeiras acomodatícias e minha previsão de que a inflação permanecerá um pouco acima de 2% ao ano em meio a um mercado de trabalho saudável”, afirmou Hammack.
Segundo ela, a força da economia e as recentes leituras elevadas de inflação fizeram que revisasse para cima sua previsão de inflação para o próximo ano. “Além disso, o equilíbrio de riscos parece estar distorcido em direção a resultados de inflação mais altos. Uma estagnação da inflação acima de 2% por muito tempo arriscaria desancorar as expectativas de inflação, dificultando o retorno da inflação ao nosso objetivo”.
Hammack acredita que, para atingir esse objetivo, a política tem que se manter moderadamente restritiva por mais tempo.
*Com informações do Valor Econômico
