O conselho de administração do Assaí (ASAI3) aprovou nesta quinta-feira (19) a deslistagem das American Depositary Shares (ADSs) da Bolsa de Nova York (Nyse).
Cada ADS do Assaí representa cinco ações ordinárias da companhia e são negociadas na Bolsa de Nova York por meio dos recibos de ações (ADRs).
A rede supermercadista também aprovou a alteração do programa de recibos de ações para o nível 1. O objetivo é permitir que os investidores mantenham a propriedade sobre seus ADSs, que poderão ser negociados em mercados de balcão após a deslistagem e o cancelamento do seu registro na CVM dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
A empresa informou que o pedido de inclusão e negociação de suas ações ordinárias no segmento Novo Mercado da B3, assim como o pedido de listagem de seus ADSs na NYSE, foi aprovado em fevereiro de 2021, como parte da reorganização societária entre o Assaí e o GPA (PCAR3), antigo Grupo Pão de Açúcar, conforme comunicado ao mercado.
No entanto, o Assaí acredita que manter uma listagem secundária na NYSE não é atualmente benéfico, uma vez que as negociações de suas ações ordinárias estão, em grande parte, concentradas no Novo Mercado (cerca de 87% do volume de negociações).
“A deslistagem está em linha com a estratégia de longo prazo da companhia de manter a eficiência da operação, dada a característica de baixo custo (“low-cost Company”)”, afirma.
A expectativa é que a deslistagem seja efetivada até 9 de janeiro de 2025.
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Assaí (ASAI3) acumula queda de 59% na bolsa brasileira
No ano, as ações do Assaí (ASAI3) acumulam queda de 59% na B3. Esse desempenho, segundo analistas do mercado, está relacionado à retomada da trajetória de alta da taxa Selic e a deterioração das expectativas de inflação, embora o setor supermercadista seja um dos mais resilientes em tempos de crise econômica ou alta volatilidade.
Mesmo assim, a rede de supermercados ganhou nesta semana a cobertura do BB Investimentos (BB-BI), que recomenda a compra dos papéis ASAI3 com preço-alvo de R$ 12 para o final de 2025, equivalente a um potencial de valorização de 118%.
A tese de investimentos cita, entre as principais oportunidades, a especialização do Assaí no formato de atacarejo, que continua a crescer no Brasil. Confira a análise completa aqui.
