O morning call desta quarta-feira (18) indica que o mais importante da agenda econômica está hoje nos Estados Unidos. Por lá, o Federal Reserve, o banco central norte-americano define a nova taxa de juros. Isso ocorre à tarde. Pouco depois, o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell fala com a imprensa.
Dessa forma, conforme o editor-assistente Lucas Andrade já antecipou no último domingo, o Fed deve cortar a taxa em 25 pontos-base. Assim, a taxa ficaria no intervalo de 4,25% a 4,50%. Importante lembrar que trata-se do último encontro do ano. O colegiado norte-americano voltará a se reunir já sob a presidência de Donald Trump.
Morning call: O dólar continua no foco
O mercado quando volta suas atenções para o Brasil continua a enxergar os Estados Unidos, mais precisamente a moeda daquele país. Por aqui, o dólar experimentou nova valorização frente ao real durante o dia. A moeda bateu os R$ 6,20, assustou todo mundo, e passou a cair.
Dessa forma, o dólar ficou praticamente estável – alta de 0,02%. Cotado aos R$ 6,0956.
Era esperado que com a taxa básica de juros brasileira nas alturas o dólar cederia. O que ainda não aconteceu. A Selic subiu 100 pontos-base na semana passada. De 11,25% para 12,25% ao ano. A expectativa com a ata do Copom é que novos aumentos ocorram no próximo ano. Mais dois de 100 pontos-base, o que deixaria a Selic em 14,25%.
Como as bolsas de valores fecharam
O Ibovespa encerrou com a terça em alta de 0,92%, aos 124.700 pontos, depois de acumular três pregões com perdas.
Na máxima do dia, o principal índice da bolsa brasileira chegou a tocar os 125.301 pontos, e 123.560 pontos, na mínima intradiária. Ao todo, 68 das 87 ações do índice registraram alta.
Após duas intervenções do Banco Central e a formação da Ptax diária, o dólar perdeu fôlego e ajudou a reduzir a pressão sobre os juros futuros, o que foi positivo para a bolsa.
As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, antes da decisão de juros do Federal Reserve (Fed), apesar da maioria dos investidores apostar que o banco central deve cortar os juros em 0,25 ponto percentual.
Porém, o futuro está menos claro, depois que os dados de inflação de dezembro novamente mostraram resiliência e que as vendas no varejo seguem fortes, o que pode levar a uma redução no ritmo de cortes do Fed.
No fechamento, Dow Jones caiu 0,61% a 43.449,90 pontos, S&P 500 recuou 0,39% a 6.050,61 e o Nasdaq perdeu 0,32% a 20.109,06, mas ainda se mantendo acima do importante nível psicológico de 20 mil pontos.
Dow Jones caiu pelo nono pregão consecutivo, o que não acontecia desde fevereiro de 1978.
Com informações do Valor Econômico
