Mercado financeiro

Depois da Selic mercado concentra-se no pacote fiscal

Empresas citadas na reportagem:

A última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) passou. Deve sim repercutir no mercado financeiro. Então, a partir de agora todos os corações e mentes voltam-se para o pacote fiscal. Mais especificamente para o Congresso Nacional, que vai analisar o projeto. É essa a principal conclusão do morning call desta quinta-feira (12).

O pacote fiscal já tem relator, ou melhor, relatores. E a expectativa do Itaú é de que o tema será não apenas o principal deste mês. Mas o pacote será aprovado neste ano.

“Avaliamos que o pacote de despesas deve ser a principal pauta no Congresso do mês e que deve ser aprovado ainda esse ano com poucas alterações em relação ao conteúdo enviado”, informa o relatório divulgado pelo banco.

Assim, cabe ressaltar que a avaliação do Itaú é de que o pacote tem potencial de economizar R$ 56 bilhões entre o próximo ano e 2026.

Então, outra questão que o mercado está de olho diz respeito à isenção do Imposto de Renda. Isso para quem ganha até R$ 5 mil. A matéria não deve ser apreciada neste ano. Fica para o próximo. É de certa forma um alívio para o mercado. Os investidores não engoliram até agora o fato de que o governo Lula anunciou as duas coisas no mesmo dia.

Morning call: e por falar em Lula…

Assim, o presidente da República será submetido a uma nova cirurgia, informou o boletim médico divulgado na tarde de ontem pelo Hospital Sírio-Libanês. “Como parte da programação terapêutica, (Lula) fará complementação de cirurgia com procedimento endovascular”.

Dessa maneira, apuração feita pela Inteligência Financeira e publicada na quarta-feira indica que a ausência de Lula em Brasília não prejudica a articulação política em torno do pacote fiscal. E também por conta da discussão sobre a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO.

Mas é certo que a vivência política – e o mercado tem isso de sobra – indica que quanto mais a saúde de um presidente está instável, mas espaço surge para especulações. A ver as cenas dos próximos capítulos nesta quinta-feira.

Então, vamos ao fechamento dos mercados.

Morning call: como fecharam as bolsas de valores

Depois de iniciar os negócios sem uma tendência definida, o Ibovespa conseguiu se firmar no campo positivo com novos ajustes nos prêmios de risco, que foram intensificados enquanto agentes financeiros monitoram a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na máxima, o índice chegou a subir 2,08% e atingir 130.899 pontos, mas perdeu um pouco de força e fechou com alta de 1,06%, aos 129.593 pontos, distante da mínima de 127.362 pontos.

A última vez que o índice fechou acima de 129 mil pontos tinha sido em 26 de novembro, um dia antes da apresentação do pacote de corte de gastos. A situação de Lula é acompanhada de perto em um momento em que investidores ponderam que os eventos recentes, ainda que sob controle da equipe médica, reduzem a probabilidade de ele concorrer a um segundo mandato em 2026.

Com o recuo dos juros futuros, ações de bancos passaram a subir e responderam por alguns dos destaques da sessão.

Bradesco ON liderou as altas e subiu 2,30%. Os papéis da Petrobras também registraram ganhos pelo terceiro pregão seguido: os PN avançaram 1,00%, enquanto os ON subiram 0,71%. Na ponta contrária, ações da Ambev ficaram na liderança entre as maiores perdas, ao recuar 3,29%.

O volume financeiro para o Ibovespa na sessão foi de R$ 22,2 bilhões e de R$ 28,9 bilhões na B3, bem acima do montante registrado nos pregões deste mês.

Já em NY, o movimento registrado pelos principais índices americanos foi misto: o Nasdaq subiu 1,77%, o S&P 500 avançou 0,82% e o Dow Jones recuou 0,22%.

Com informações do Valor Econômico

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