Taylor Swift encerra a bilionária ‘Eras Tour’: e agora?
Taylor Swift encerra em Vancouver, no Canadá, neste domingo (8), sua bilionária ‘Eras Tour’. A turnê que começou em 17 de março de 2023, no Arizona, Estados Unidos, e estima-se que tenha arrecadado US$ 2 bilhões.
No total, a artista terá completado 152 shows em cinco continentes e 51 cidades ao redor do mundo, sendo 62 deles nos EUA, em 23 cidades. Os 90 restantes foram parte das etapas da turnê na América Latina, Ásia-Pacífico, Europa e Canadá.
Porém, extraoficialmente, os efeitos do furacão Swift são muito maiores. Hotéis, restaurantes, bares e outros negócios que tiveram a sorte de estar no itinerário da ‘Eras Tour’ ganharam um generoso impulso financeiro.
É difícil dizer até que ponto a ‘Eras Tour’ afetou a economia global, mas alguns analistas tentaram. Economistas do Nomura, o banco japonês, estimaram que a etapa norte-americana da ‘Eras Tour’, no ano passado, tenha movimentado US$ 5 bilhões – e isso apenas nos primeiros meses da turnê.
“É um fenômeno global”, escreveu Michelle Meyer, economista-chefe do Mastercard Economics Institute, que analisou dados de gastos relativos às paradas da turnê no estudo Eventful Economy: The Swift Lift.
Sucesso de bilheteria
Desde que a turnê começou, Taylor lançou três álbuns e o longa ‘Taylor Swift: The Eras Tour’ (que se tornou o filme concerto mais lucrativo da história).
Além isso, ela foi nomeada personalidade do ano de 2023 pela revista norte-americana Time e apareceu na lista das 25 mulheres mais influentes do 1Financial Times’ deste ano.
A ‘Eras Tour’ quebrou recordes e mais recordes. Estima-se que a turnê de dois anos tenha vendido cerca de 10 milhões de ingressos. Até aqui, é a maior turnê, em receita, da história.
Para efeito de comparação, a segunda turnê de maior bilheteria de todos os tempos, a ‘Farewell Yellow Brick Road Tour’, de Elton John, durou quase cinco anos. Entretanto, vendeu seis milhões de ingressos ao longo de 328 shows. Financeiramente, arrecadou US$ 939 milhões.
Efeito showbiz
A sensação da música pop representa quase 2% do mercado musical dos EUA, de acordo com a Luminate, empresa que gera dados sobre o mercado do entretenimento. ,
Ainda é cedo para cravar, mas a continuar nesta toada, Taylor caminha rapidamente para se tornar um fenômeno cultural tal como Michael Jackson, na década de 1980, e os Beatles, na década de 1960.
Executivos da indústria do entretenimento afirmam que Taylor elevou o nível do showbiz, não apenas pelas vendas de ingressos e mercadorias, mas também pela ambição conceitual de seus shows, com produção teatral, figurinos requintados e alcance de mídia.
Incubadora de estrelas emergentes
Os shows de abertura de Taylor na ‘Eras Tour’ funcionaram como uma incubadora de estrelas emergentes. Os maiores exemplos são Sabrina Carpenter e Gracie Abrams, novatas que foram impulsionadas pela participação na ‘Eras Tour’.
Outro ponto positivo da turnê de Taylor foi a duração dos shows, em geral com mais de três horas. A jornada musical aplacou a ira dos fãs que reclamaram dos altos preços e taxas dos ingressos. No Brasil, os preços variaram de a partir de R$ 190 (meia) chegando a R$ 2.250 por pessoa.
Por último, os shows de Taylor transformaram estádios de futebol, espaços tradicionalmente masculino, em noites de celebração da feminilidade.
Na visão dos fãs, reforçando o que tem sido evidente para pessoas que acompanham a cultura: as mulheres são o centro da música pop.
Mas e ela, o que Taylor tem a dizer da ‘Eras Tour’?
Taylor chamou o final de sua turnê ‘ de “o encerramento do capítulo mais extraordinário da minha vida até agora”.