Analise

Nova receita federal da Argentina reconhece profissões com bitcoin e criptomoedas

Em um documento assinado por Florence Lucila Misrahi e publicado nesta sexta-feira (29), Resolución General 5607/2024, a Agencia de Recaudación y Control Aduanero (ARCA), a nova receita federal da Argentina reconhece as atividades profissionais envolvendo o bitcoin e as criptomoedas.

De acordo com apuração da reportagem, a ARCA, que substitui a Afip como a nova receita do país, tem o objetivo de agrupar informações da chamada economia digital. Assim, tem o objetivo de “codificar, ordenar e agrupar de forma mais homogênea e eficiente as novas formas de negócios e serviços inovadores vinculados às plataformas virtuais utilizadas na transmissão de programas ao vivo, na gestão de criptoativos e na publicidade com conteúdo audiovisual, entre outros“.

Com os novos códigos de atividade profissional, a Argentina passa de 951 para 966 áreas da economia formalmente reconhecidas.

Receita da Argentina reconhece atividades profissionais com bitcoin e criptomoedas

Por meio da Resolución General N° 5607/2024, a receita argentina dá um passo importante ao reconhecer as atividades econômicas com criptomoedas.

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O Clasificador de Actividades Económicas (CLAE) é um sistema de classificação utilizado pela ARCA para categorizar as atividades econômicas desenvolvidas por pessoas físicas e jurídicas no país.

Ele funciona como um sistema padronizado que organiza as diversas atividades econômicas em códigos específicos, permitindo à receita identificar e monitorar as atividades exercidas pelos contribuintes.

Essa classificação é essencial para o cumprimento de obrigações fiscais, pois define o enquadramento tributário e regulatório de cada contribuinte. Ao registrar-se junto à ARCA, empresas e profissionais autônomos precisam selecionar o código CLAE que melhor representa suas atividades principais, garantindo que estejam alinhados aos requisitos tributários, trabalhistas e administrativos correspondentes.

Com o CLAE atualizado a partir desta sexta, a Argentina reconhece as atividades de mineração de criptomoedas, de corretoras que operam bitcoin, traders que operam por conta própria e até de plataformas de custódia cripto.

Brasil ainda não reconhece atividades com criptomoedas

O Brasil, vale lembrar, tem a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) que ainda não reconhece atividades com criptomoedas. Tanto o CLAE argentino quanto o CNAE brasileiro são criados com a base da Classificação Internacional Industrial Uniforme (CIIU), da ONU.

Assim, a Argentina sai na frente entre os principais países da América do Sul a reconhecer as novas atividades ligadas com o mercado de criptomoedas, o que dá mais segurança jurídica aos envolvidos e abre o caminho para regulação mais sólida.

Vale o destaque que o país tem visto um grande volume de interesse nas criptomoedas nos últimos anos, após a hiperinflação assolar a população local.



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