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Alta do petróleo faz Ibovespa subir 0,38% e bater 131 mil pontos; dólar cai 0,34% e fecha abaixo de R$ 5,50

O Ibovespa encerrou a sessão em alta, ultrapassando os 131 mil pontos, impulsionado por ações da Petrobras em meio ao avanço do preço do petróleo no mercado internacional, e balanços trimestrais de companhias listadas.

A queda dos juros de longo prazo na maior parte da sessão também deu suporte a ações sensíveis à economia doméstica.

Ibovespa hoje

No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,38%, aos 131.116 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 130.615 pontos e, na máxima, os 131.662 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 15,40 bilhões no Ibovespa e R$ 21,35 bilhões na B3.

Os temores de uma nova escalada das tensões no Oriente Médio, com um possível ataque do Irã a Israel, fizeram os preços dos contratos futuros do petróleo dispararem. O petróleo do tipo Brent, referência mundial, avançou 3,20%, a US$ 82,30 o barril.

Assim, as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras subiram 2,27% e 2,79%, respectivamente. Já os papéis da Prio ON ganharam 1,61%.

Dólar hoje

O dólar à vista encerra a sessão desta segunda-feira em queda, no quinto pregão consecutivo de desvalorização da moeda americana.

Com a depreciação de hoje, o dólar volta a encerrar abaixo do patamar de R$ 5,50, algo que não ocorre desde 17 de julho.

Operadores enxergam tanto o cenário externo quanto o interno como responsáveis para essa dinâmica de retração da moeda americana contra o real.

O movimento desta segunda-feira poderia ter sido até mais intenso se não houvesse o temor global com um possível conflito no Oriente Médio, diante de relatos de chances de ataques do Irã a Israel.

Terminadas as negociações desta segunda-feira, o dólar à vista registrou queda de 0,34%, a R$ 5,4957, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,4722 pela manhã e encostado na máxima de R$ 5,5229.

Já o euro comercial teve recuo de 0,23%, a R$ 6,0070.

O real também valorizou 1,45% contra o peso mexicano, em dia em que a moeda do México teve um dos piores desempenhos globais.

Perto das 17h15, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,01%, aos 103,142 pontos.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única hoje, com ações de tecnologia dando alguma sustentação aos índices S&P 500 e Nasdaq em um dia de pouco apetite por ativos de risco, o que provocou um pregão de liquidez baixa em Wall Street.

Investidores preferiram adotar uma postura cautelosa antes de indicadores de inflação dos Estados Unidos que sairão nos próximos dias, à medida em que também ficaram de olho na possibilidade de um ataque retaliatório do Irã contra Israel.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,36%, a 39.357,01 pontos; o S&P 500 ficou estável aos 5.344,39 pontos; e o Nasdaq subiu 0,21%, a 16.780,61 pontos.

Entre ações que se destacaram, a alta de 4,08% da NVidia sustentou os dois últimos índices e puxou outros papéis do setor de tecnologia ligados à inteligência artificial (IA) generativa.

Nomes como Super Micro Computer (+6,33%), AMD (+1,86%) e Micron Technologies (+1,68%) também fecharam com ganhos expressivos.

Quem liderou o S&P 500 contudo, foi o banco regional KeyCorp, cuja ação saltou 9,2% após o Scotiabank comprar uma fatia da empresa. A ação do banco canadense, por outro lado, sofreu forte queda de 5,13% em Nova York.

Bolsas da Europa

As bolsas europeias encerraram o pregão desta segunda-feira (12) sem direção única e, em sua maioria, com movimentos modestos.

O mercado aguarda por uma série de indicadores tanto dos Estados Unidos quanto de economias da zona do euro que sairão ao longo da semana. Sem direcionadores macroeconômicos, o volume de negócios foi tímido e o pregão exibiu pouca volatilidade.

O índice Stoxx 600 fechou em leve queda de 0,04%, a 498,98 pontos. O DAX, referência da bolsa de Frankfurt, subiu 0,02%, a 17.726,47 pontos, enquanto o parisiense CAC 40 recuou 0,26%, a 7.250,67 pontos.

A exceção ficou por conta do índice FTSE 100, da bolsa de Londres, que teve alta firme de 0,52%, a 8.210,25 pontos. O movimento foi puxado pelo salto de mais de 8% do grupo de telecomunicações BT Group, após o conglomerado indiano Bharti Enterprises anunciar a compra de 24,5% da empresa britânica, fatia antes controlada pela Altice UK.

No panorama macroeconômico, o mercado aguarda por números de inflação nos Estados Unidos – com as leituras de julho dos índices de preços ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) – e dados de atividade na zona do euro, em especial o Produto Interno Bruto (PIB) do bloco.

Após a fraca leitura do “payroll” (relatório oficial do mercado de trabalho) americano elevar as preocupações do mercado quanto às chances de recessão nos Estados Unidos e uma desaceleração global mais intensa, os investidores devem ficar ainda mais atentos a quaisquer sinais de mudança na perspectiva econômica.

“O payroll mais fraco do que o esperado acionou a ‘Regra de Sahm’ [um indicador de recessão] e se tornou um dos catalisadores da forte ação dos preços nos dias seguintes. Portanto, é de se esperar que os mercados continuem particularmente sensíveis a novas sugestões relativas às condições do mercado de trabalho”, diz Benjamin Picton, estrategista sênior de mercados do Rabobank.

Com informações do Valor Econômico

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