Ibovespa recua com decepção fiscal, mas alta de Vale e Petrobras reduz perdas
A forte disparada dos juros futuros volta a pressionar o Ibovespa na manhã desta sexta-feira. A sessão de hoje deve ser marcada pela extensão da reprecificação no mercado local na véspera, em que o principal índice da bolsa brasileira recuou 2,40%. Na visão de agentes financeiros, a opção por elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda — com o objetivo de aliviar o elevado custo político do pacote de corte de despesas — apagou os eventuais efeitos positivos que poderiam ter sido trazidos com os ajustes nos gastos.
Por volta das 11h, o índice recuava 0,13%, aos 124.449 pontos. No mesmo horário, o futuro do S&P 500 subia 0,10% e o Stoxx 600 recuava 0,26%. As perdas no Ibovespa só não são mais fortes na sessão porque as ações da Vale registram alta de 1,67%, a R$ 58,48, assim como os papéis da Petrobras: as ações PN avançam 0,29%, enquanto as ON tem ganhos de 0,84%.
Por outro lado, o pregão é negativo para a maior parte dos papéis de bancos, ampliando os recuos vistos nas duas últimas sessões. Segundo dados da consultoria Elos Ayta, o valor de mercado das empresas listadas na B3 encolheu R$ 172,9 bilhões entre os dias 26 e 28 de novembro. Instituições financeiras foram o setor mais afetado, com Itaú Unibanco (-R$ 17,6 bilhões), BTG Pactual (-R$ 14,5 bilhões) e Bradesco (-R$ 9,3 bilhões) liderando as quedas.
Ações da MRV voltam a sofrer e lideram as perdas, com um recuo de 4,52%. Já os papéis da Petz apresentam alta de 4,24%.
*Com informações do Valor Econômico